quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Octacampeão brasileiro.
O maior campeão nacional, o único time que ultrajou a amarelinha, oito vezes campeão do campeonato mais disputado do mundo, super campeão na época de ouro, época de grandes craques,época da poderosa academia, o super campeão do país do futebol.
Sinceramente eu não posso fazer nada.
Hegemonia !
Então é natal.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Holocausto.
Por distração meu copo de cerveja esquentou, antes que eu o bebesse meu tio o bebeu antes de mim para me privar do desprazer de ingerir aquele líquido quente, enquanto criança quando jogava futebol escolhia os piores jogadores para deixar os melhores pro meu irmão menor, Ikki de Fenix foi para ilha da rainha da morte no lugar de seu irmão caçula lhe concedendo assim a tranqüilidade da ilha de Andrômeda, tais fatos provam que o conforto, o prazer e os privilégios concedidos a entes queridos são prioritários até mesmo sobre a própria vontade, onde o sacrifício de privilegiar a pessoa querida produz enorme satisfação, em outras palavras, “é melhor presentear do que ser presenteado”.
Quando lembro de momentos de grande deleite ou quando estou experienciando algo prazeroso, imediatamente me ocorre o lamento, por exemplo, em 2005 quando eu e meu irmão estávamos no show do Buddy Guy fiquei bastante decepcionado com a ausência de muitas pessoas queridas naquele show, algo tão grandioso que me incomodava saber que eles perdiam um glorioso espetáculo, sempre que estou em alguma roda de samba de raiz de respeito sinto a falta do meu irmão mais velho, quando vejo belas exibições de futebol na ausência de meu irmão caçula, quer seja na TV, na várzea ou no estádio, fico profundamente aborrecido; de qualquer forma aquilo que é feito pra rir sempre me conduz ao introspectivo choro, pois sempre há alguém querido ausente em um momento de prazer, há casos em que são pré fabricadas situações para favorecer a presença de todos para o deleite completo, contudo, sempre há alguém que não comparece.
Suponho que esse seja um sentimento oculto em todos os seres, quer sejam eles ímpios ou gentis, sempre que surge algum evento formidável independentemente do ser, este convida alguém para se comprazerem juntos, esse alguém geralmente é a pessoa que melhor se encaixa com a situação, pessoa compatível com os porquês de quem convida, fico me imaginando no show do ACDC sem meu irmão Renato, certamente eu entraria em depressão no dia seguinte, a presença de minha mãe no show do B.B.King produziu em mim um inexplicável frenesi, tudo isso dá força a um dos mais banais clichês da história do clichês: “Diga com quem andas que lhe direi quem és”, o que significa exatamente o que esse provérbio quer dizer, andamos em torno de quem nos conduz ao prazer, por isso existe a gratificação em favorecer as pessoas que nos rodeiam, pois são essas pessoas que configuram as agradáveis situações que nos cercam.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Desejo.
Ademir da Guia a fina flor do meio campo, leve, apurado, o grande professor da posição, é belo ver a finura de Zinedine Zidane espelhada nos falsos passos-passes lentos do eterno divino.
Ademir da Guia ansiou por longos anos pela autenticação dos quatro títulos brasileiros conquistados pelo alviverde imponente, hoje ele tem seu desejo atendido.
Desejo, um tanto perigoso, vontades suprimidas que conduzem os seres vivos à tortura, animais por instinto buscam a realização de seus desejos através da força bruta, a terra espera por água, desejo quando não saciado lhe causa rachaduras, plantas quando não saciadas secam, o corpo humano fisiologicamente falando foi projetado para ter desejos, onde há vida há aspirações.
Oh my desires, convosco eu cresço, busco, aprendo.
Aquela mulher elegante poderia ser chamada de desejo propriamente dito, causadora de palpitações vasculares localizadas, ela pouco sorria, de uma agudeza incomum, do tipo que conduz os adpetos ao crescimento.
Aprendi a oferecer chá em japonês para satisfazer o desejo de me assentar com a doce menina oriental.
Evolui quando dediquei boas horas do meu dia ao compor uma canção para atender o desejo de desejá-la.
Busquei conhecimento pleno, queria realizar o desejo de estar com minha docente em tardes de domingo.
Em muitos casos o desejo quando realizado produz desapontamento, aquele campus tão cobiçado já não é tão atraente conforme fora antes de alcançá-lo, aquele cargo nobre assim que conquistado talvez não seja tão nobre como imaginado, conforme diz uma sábia tia minha, “para que haja o desgosto, primeiramente é necessário que exista o gosto”, logo assim, aquele antigo desejo se converte em repulsão, aquele ouro reluzente na verdade não é nada mais do que metal banhado que quando friccionado se revela um simples ferro em meio a tantos ferros velhos.
O desejo é inerente ao ser, ainda que antigos desejos tenham ficado para trás, logo à frente surgirão tantos outros, recomendo portanto que os atenda.
Atenda-os ou se condene ao terror.
Ademir da Guia ansiou por longos anos pela autenticação dos quatro títulos brasileiros conquistados pelo alviverde imponente, hoje ele tem seu desejo atendido.
Desejo, um tanto perigoso, vontades suprimidas que conduzem os seres vivos à tortura, animais por instinto buscam a realização de seus desejos através da força bruta, a terra espera por água, desejo quando não saciado lhe causa rachaduras, plantas quando não saciadas secam, o corpo humano fisiologicamente falando foi projetado para ter desejos, onde há vida há aspirações.
Oh my desires, convosco eu cresço, busco, aprendo.
Aquela mulher elegante poderia ser chamada de desejo propriamente dito, causadora de palpitações vasculares localizadas, ela pouco sorria, de uma agudeza incomum, do tipo que conduz os adpetos ao crescimento.
Aprendi a oferecer chá em japonês para satisfazer o desejo de me assentar com a doce menina oriental.
Evolui quando dediquei boas horas do meu dia ao compor uma canção para atender o desejo de desejá-la.
Busquei conhecimento pleno, queria realizar o desejo de estar com minha docente em tardes de domingo.
Em muitos casos o desejo quando realizado produz desapontamento, aquele campus tão cobiçado já não é tão atraente conforme fora antes de alcançá-lo, aquele cargo nobre assim que conquistado talvez não seja tão nobre como imaginado, conforme diz uma sábia tia minha, “para que haja o desgosto, primeiramente é necessário que exista o gosto”, logo assim, aquele antigo desejo se converte em repulsão, aquele ouro reluzente na verdade não é nada mais do que metal banhado que quando friccionado se revela um simples ferro em meio a tantos ferros velhos.
O desejo é inerente ao ser, ainda que antigos desejos tenham ficado para trás, logo à frente surgirão tantos outros, recomendo portanto que os atenda.
Atenda-os ou se condene ao terror.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
The same thing
Aterrorizante é a guerra estética travada entre mulheres, sempre foi assim desde épocas mitológicas, elas se envenenam através de elogios dissimulados, essa luta militar de vaidade cosmética é composta por armamento ornamental, creme hidratante, roupas sensuais, batons ditam o tom dessa batalha, elas se tragam e dizimam-se com a própria beleza.
Nesse duelo, sangrenta são as batalhas, a diversidade de atributos estéticos é infinda, cada integrante dessa guerra dispõe de suas armas peculiares.
Elas se opõem, se unem contra si mesmas, pobre daquela que ocupar o topo da primazia estética.
Pobre de nós homens que somos chantageados, atacados por ciúme desenfreado, arranhados por afiadas garras sem cutícula e devidamente coloridas, nossas queridas mulheres diferentemente do que dizem por aí são de fácil compreensão, bom homem é aquele que compreende as mulheres em suas incompreensões, não existe dissimulação feminina que iluda o homem de espírito ardiloso, não existe paixão que transcenda a paixão, não há amor que engane o amor, não há ligeiro beijo sem calor que substitua o caloroso ataque mútuo, na verdade a verdadeira incompreensão que perturba os homens de elegante alma é a auto incompreensão, mesmo sempre convictos em seus dizeres há certas respostas que homens de “alta estatura” não sabem responder.
O que faz os homens ficarem loucos
quando uma mulher usa seu vestido tão apertado?
O que faz os homens ficarem loucos
quando uma mulher usa seu vestido tão apertado?
Diga-me por que todos vocês homens
Correm atrás daquela mulher de pernas grandes?
Diga-me por que todos vocês homens
Correm atrás daquela bela mulher de pernas grandes?
Deve ser aquela mesma coisa de sempre
que faz um pregador fechar... fechar sua bíblia
Deve ser aquela mesma coisa de sempre
que faz os carros se coliderem no cruzamento...
That same old thing.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
My Heart is Burning.
No período em que trabalhei com hotelaria conheci centenas de profissionais da área de saúde, isso se deu por conta do grupo Caproni, grupo que presta consultoria de marketing aplicado à área de saúde, nesse período o centro de convenções do hotel em que trabalhava era empesteado de médicos dentistas, oftalmologistas dentre outros, profissionais esses que ali estavam em curso, curso ministrado pelo grupo Caproni e alguns parceiros do ramo.
Em virtude dessa minha oportunidade de conviver com médicos doutores de todos os cantos do Brasil, levantei uma pesquisa idealizada por mim para medir o grau de comprometimento desses doutores à profissão exercida e para desmistificar a hipócrita ética ostentada por eles.
O primeiro passo foi medir a honestidade dos profissionais que cuidam de nossa saúde bucal, selecionei os principais odontologistas da capital paulista e fui aos seus consultórios fazer orçamentos para um suposto tratamento, incrivelmente, as cinco clínicas divergiram em seus diagnósticos, foram cinco diagnósticos diferentes, na primeira clínica foi identificado em minha boca algumas cáries, na segunda cárie e tártaro, na terceira necessitava apenas de uma limpeza, na carta foi sugerido até a remoção de um dente e por fim na quinta havia apenas um dente cariado, esse meu experimento em clínicas odontológicas pôs em duvida a integridade desses profissionais.
Posteriormente, fui em duas clínicas de oftalmologia, vale destacar que sou conhecido pela minha visão de águia, tenho uma visão de causar inveja até no superman, nas duas clínicas me impuseram óculos para descanso, o que também coloca em cheque a honestidade de tais médicos.
Após isso, quando estavam Dr. Roberto Caproni e Suelena Morais líderes do grupo Caproni no lobbie do hotel em harmoniosa confraternização, eu os abordei e lhes pedi a opinião acerca da postura anti ética de seus clientes, Suelena e Caproni foram breves ao dizer que isso existe em todas profissões e se recusaram a dar continuidade ao debate ali proposto.
É importante lembrar as correntes notícias que denunciam trotes violentos à calouros universitários, brincadeiras agressivas que em sua grande maioria são orquestradas por alunos que estudam medicina, pelo menos 70% dos trotes criminosos são cometidos por estudantes que cuidarão de nossa saúde no futuro.
Tendo isso em vista e alguns outros porquês que não convém mencionar aqui, tenho uma ligeira aversão por médicos em um todo, entretanto, essa semana, meu irmão caçula foi submetido a uma bateria de exames cardiológicos, eu na condição de acompanhante pude conhecer uma doutora pediátrica que fez meu coração pular uma batida, nos dias anteriores meu irmãozinho havia feito exames de raio x, eletrocardiograma e teste ergométrico, faltava apenas o eco cardiograma para que assim ele fosse liberado para a prática esportiva, no dia do exame final tive o agradável privilégio de testemunhar a doçura com a qual essa referida médica tratou meu pequeno brother, simpatia essa não encontrada nas cardiologistas anteriores, ela não só o atestou positivamente como também recomendou que ele jamais fechasse um contrato com o esporte clube Corinthians, sugeriu a ele que pense grande e busque a Sociedade Esportiva Palmeiras, em meio à sedução que essa médica nos submeteu, coube a meu irmão agradecer e fitar o futuro, eu por outro lado, ousei crucificar seus colegas de profissão, por se tratar da saúde pública é inaceitável conceber posturas antiéticas e desumanas com naturalidade, ela em convergência com minha idéia, mostrou o meio fraudulento utilizado pelas empresas de plano de saúde para ampliar seus lucros, clínicas particulares bem como redes hospitalares forjam anomalias e patologias inexistentes, explicou como isso é feito em seu segmento de cardiologia e disse que 40% das internações clínicas são desnecessárias, porém, os profissionais envolvidos tramam tais internações para atingirem uma meta de lucros provenientes dessas internações forjadas. O sistema único de saúde dispõe de estrutura extremamente inferior ao sistema privado e de profissionais de menor prestígio em relação às redes particulares, porém, práticas como as mencionadas acima são menos recorrentes no SUS, o que nos leva a afirmar que o sistema de saúde brasileiro quer seja ele público ou privado merece uma reforma revolucionária.
Enquanto essa reforma do conceito dos profissionais de saúde aqui no Brasil não ocorre, eu fico com a lembrança do meu coração palpitante diante da bela doutora Cristina de Sylos.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Shadow Song.
Elevar o corpo ao seu limite é algo que há muito não fazia, exceder a capacidade do corpo me trouxe alguns prejuízos inesperados, o vigor da adolescência já não me blinda de lesões e dores musculares.
Novembro de 2009 foi o período em que meu corpo mais sofreu por conta do esforço exagerado quando acompanhei o impetuoso exército pró AC/DC, foram mais de trinta e cinco horas com os olhos flamejantes, com os rins fervendo sob altas doses de uísque e latões de cerveja, sem mencionar os sucessivos vai e vem enquanto confraternizava com todo o Brasil que compunha a imensa fila, somando toda essa energia gasta antes do show com o esforço utilizado durante o show, eu me tornei apenas mente e alma, meu corpo simplesmente deixou de existir, quando enfim cheguei em casa senti o alento e apreciei as boas lembranças daquele memorável dia, entretanto, o dia seguinte, o dia que seria dedicado ao descanso do meu judiado corpo, era o mesmo dia em que me encontraria com uma bela candidata à vocalista da minha então banda Super Malte, em virtude da minha incapacidade de me manter em pé eu decidi ligar pra essa bela moça e adiar o tão esperado encontro, porém, a maldita não atendia o telefone, impossibilitando assim o cancelamento do nosso compromisso, com isso, fui obrigado a cumprir com minha palavra, mesmo em condições extremas fui me encontrar com a dócil candidata, ainda no caminho eu lamentava e suportava a dor do meu corpo destruído, quando enfim cheguei ao local do encontro, eu sentei, pedi um chope ao garçom e comecei a torcer para que a moça cujo a qual eu esperava não comparecesse, afinal, eu queria ir pra casa e reencontrar meu colchão, todavia de modo radiante e hipnótico a bela ruiva shadowcat surge para anestesiar minha dor, milagrosamente eu consegui me levantar para saudá-la, ela com profunda intimidação reduziu-me com seu altivo tom de voz, tamanha graciosidade me fez esquecer da penúria que era estar ali, foi um encontro que correspondeu as expectativas, por conta de um triste erro de comunicação após o nosso acordo selado aquele dia, o intento que eu e a shadowcat cravamos não progrediu, entretanto, afirmo que o sacrifico que fiz aquele dia para manter minha valiosa palavra foi recompensado pelo sorriso afável da mística lady, nesse dia fui abençoado ou talvez amaldiçoado pelo lúdico olhar da shadowcat , a poderosa técnica ocular da bela vocalista provavelmente contribui com minha rápida cura, no dia seguinte estava viril como nunca.
Dentre tantos atributos estéticos valiosos demonstrados pela shadowcat, resta agora apenas descobrir a força de seu misterioso vocal, talvez meu vocal etílico harmonize com sua voz tênue, talvez. Isso é algo que vamos descobrir.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Licença poética.
Não chega a ser um culto ao corpo e sim um enorme cuidado à sua preservação, quer queiram ou não queiram, o corpo humano é a única certeza concreta de existência, de vida, existem inúmeras teorias do pós morte, várias especulações, algumas até que coerentes, porém, a única evidência real e palpável de vida está nas dimensões concretas do planeta terra, o que fugir dessa órbita não passará de apostas, é jogar no duvidoso, é julgar o sobrenatural, como não sou especulador fico com o que me foi revelado, logo assim, tenho que me preocupar com minha saúde plena, saúde mental, trabalhar o meu bom humor, deleitar-me nos bons momentos, cultivar meu tempo de vida útil, explorar a força da minha então juventude, me comprazer com meu jato forte de urina, com minhas velozes pernas, dar uma volta ao mundo, uma não, duas ou três, ou quem sabe cinco ou seis. Por conceber essas questões, percebi que estava beirando o sedentarismo, perdendo minhas características atléticas, nesse meu despertar, decidi na manhã de ontem acordar após o canto do galo e dar início ao meu condicionamento físico, tenho um metro e setenta e sete de altura que comportam setenta e nove quilos, quilos e gramas bem distribuídos, mas longe da desejada vaidade estética, são cinco quilos de distância que perderei em poucos dias, preciso estar em plena forma para a saga de final de ano. Nessa de acordar cedo, me reencontrei com os peculiares acontecimentos matinais, o mágico vigor presente apenas em manhãs de verão embeleza lindas moças dentro de calças-leg durante caminhadas matinais, talvez essa força das manhãs tenha contribuído com o contagiante bom humor de uma bela senhora quarentona que me interrompeu durante minha corrida no parque para me dar bom dia, vale dizer que nunca ouvi um bom dia tão contagiante e verdadeiro, quase que apaixonante, tal situação favoreceu minha dedicação nesse meu propósito estético, quero chegar aos quarenta com o mesmo espírito da bela Taila, senhora com sorriso de menina, com corpo de mocinha, com sabedoria de senhora e com olhar aventureiro, até sugeri a ela que patenteasse aquele caminhar, caminhar com fulgor poético, uma obra de arte.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
O São Francisco o Mississipi.
Não assumo postura partidária, embora tenha uma posição política bem definida e fundamentada em finalidades, estimo a importância dada à inclusão social e à educação, considerem um pastor evangélico natural da Amazônia ou uma madre católica ambientalista, ambos certamente não trariam benefícios à minha cidade natal, hoje o ensino fundamental municipal de Osasco dispõe do melhor método pedagógico dentro da cidade, goza de estrutura necessária para condições plenas de ensino, não obstante às inúmeras atividades extracurriculares, tudo isso posto de frente às unidades de ensino particular mostra a competência do governo osasquense no que se refere a educação, o ponto lastimável é que tudo isso dura apenas quatro anos, após isso nossas crianças são entregues ao ensino estadual e o resultado disso todos estão fartos de saber.
A xenófoba paulista Twitteira que queria afogar os nordestinos, de modo ufanista carrega a bandeira tucana e mostra que seu grau de instrução é semelhante ao que Covas, Alckmin e companhia pretendiam e pretendem instituir em São Paulo, ela falou em afogar e percebi que tenho que urgentemente aprender a nadar, tenho que aprender para seguir o bom exemplo do mestre Sonny Boy Williamson que morreu após salvar uma moça que se afogava nas águas lamacentas do Rio Mississipi, Sonny Boy em sua condição sexagenária não resistiu ao esforço que utilizou ao salvar a moça e morreu, tenho que aprender a nadar para não fazer feio nas águas do rio São Francisco, penso que certamente após o shuffle de doze compassos que tocarei ao lado de Mr. Edu com seu violão dobro envenenado às margens do São Francisco, debaixo de um escaldante sol, irei mergulhar na forte correnteza do bento Rio que abençoa o nordeste, venho de uma família de excelentes mergulhadores, com certeza não terei dificuldades nesse aprendizado, olhando por outro lado, não estou em condições de apontar o conceito premeditado de Mayara Petruso, tampouco condenar Edgar Scandurra com sua bela poesia em Pobre Paulista onde ele retrata sua “supremacia paulista sobre os nordestinos”, afinal eu também sou um maldito xenófobo, um ser humano de quinta categoria no que se refere a raça e xenofobia, a prova disso é que agora em dezembro irei para o nordeste lançar oficialmente meus baiãos, belas composições, belos tributos aos construtores de São Paulo, nessas canções percebi que sou um apologista do povo nordestino, lembro-me do período em que trabalhei no ramo de hotelaria onde os turistas nordestinos tinham tratamento de reis quando a recepção estava sob minha gestão, quanto aos britânicos e gaúchos não posso dizer o mesmo, considerando isso, não posso ser hipócrita, tenho que respeitar a posição de Scandurra, afinal, o Nasi seu companheiro de banda é um cantor talentosíssimo, diferente de Zeca Baleiro, não vamos agora comparar o talento de um Paulista com o talento de um Maranhese, seria uma enorme covardia por na arena um ser desenvolvido nascido em uma grande metrópole diante de um nordestino do mato, José Serra que o diga, ele sentiu isso na pele quando duelou com Luiz Inácio Lula da Silva no debate da rede globo na corrida presidencial, o final desse duelo todo mundo já sabe.
Esses recentes alardes que ecoam pelas redes sociais me fazem querer tirar férias de São Paulo, estou contendo o enorme anseio de decolar para o nordeste e me deleitar à base de muito Slide Blues no seio das belas eleitoras de Dilma Rousseff, tenho que aguardar até dia quinze quando Mr. Edu estará livre de seus compromissos profissionais, livre para essa turnê missionária, tenho também que participar do trigésimo aniversário de minha querida irmã, será uma grande comemoração com as melhores bandas de classic rock de Osasco, tudo isso me faz conter esse fervoroso desejo de migrar para o lugar de onde vim. Mas está tudo bem, falta muito pouco, logo mais irei ter com os meus.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Seu Paulo .
São Paulo Futebol Clube, ora, o adjetivo "São" é nada mais que uma abreviatura de Santo, o que permite dizer que o nome do clube paulista foi uma homenagem ao apostolo Paulo, o maior difusor do cristianismo, o mesmo Paulo criador do celibato que eventualmente orientava os seus discípulos do sexo masculino a absterem da relação sexual, alegava que a mulher seria a principal razão de perdição, por tais ensinamentos os sacerdotes líderes da igreja católica honram o celibato e reafirmam o conceito do outrora Saulo de que a mulher é a perdição do homem.
Em assembléias cristãs e concílios existem controvérsia quanto a posição do apostolo mais influente do novo testamento, os que desbocaram para o protestantismo de Martin Lutero optaram pelo prazer ao lado da mulher, já os conservadores inquisidores do vaticano preferiram manter a posição “suspeita” de Paulo, suponho portanto, que os fundadores do São Paulo Futebol Clube (ressaltando que não passa de mera suposição), prestaram essa singela homenagem ao apostolo Paulo ao nomear a instituição esportiva com seu nome, “São Paulo”, por compartilharem dessa idéia de que o prazer ao lado da mulher é dispensável, assim portanto, nasceu o “SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE”.
Ontem dia sete de Novembro foi instituído um novo nome ao tricolor do Morumbi, a partir de então, “São” só Marcos, o anteriormente São Paulo. F.C agora é “Seu”, “Seu Paulo”, explicarei o porquê, é sabido que dentro do futebol existem fervorosos clássicos regionais, citarei os principais, Boca Jr e Riverplate, Barcelona e Real Madrid, Internacional e Grêmio, Vasco e Flamengo e o principal deles Palmeiras e Corinthians, esses mencionados duelos entre as principais equipes locais são o ponto máximo dessas equipes dentro da competição no que se refere ao duelo entre torcidas, tudo isso, embeleza e aquece esse clima de rivalidade, no entanto, fatalmente em muitos casos culmina em violência, mas a verdadeira violência é a que o São Paulo, ops, “Seu Paulo” pratica contra o derby da capital paulista, o mencionado derby é o principal clássico local, só que ontem foi confirmado o desequilíbrio existente nesse combate de décadas, ontem foi confirmado o apoio incondicional que o S.P.F.C. dá ao seu suposto rival Corinthians, isso sem mencionar o idolatrado grafite que utilizou de um ufanismo exacerbado ao comemorar o gol que privou o Corinthians do rebaixamento no Paulistão de 2004 quando ainda ultrajava o manto seupaulino, toda essa proteção e apoio da parte do tricolor paulista dedicada ao Corinthians é histórica, o que desequilibra a igualdade competitiva entre Palmeiras e Corinthians, afinal quando o Palmeiras enfrenta o Corinthians, também está enfrentando o súdito São Paulo, o grande São Paulo que se empenha para presentear o seu Ídolo no ano de seu centenário, acreditem, a diretoria tricolor e todo elenco seupaulino se dedicará para conceder o título do brasileirão ao seu todo poderoso timão. Por outro lado, o Palmeiras dentro de suas condições irá atrapalhar essa estrada romântica trilhada por Marco Aurélio Cunha e Andrés Sanchez, pois quando o Corinthians fica nas mãos do Palmeiras o final para o time da marginal é sempre triste, São Marcos que o diga, assim portanto, já que tricolor assumiu sua postura subordinada ao Corinthians, eu sugiro que o Clube São Paulo abdique do Título de santo, pois santos são seres que estão para serem idolatrados e não para idolatrarem, essa história de amor vivida por São Paulo e Corinthians mostra a supremacia do time alvinegro sobre o time tricolor, com isso, “São” só Marcos, São Paulo agora se chama Seu Paulo.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
João Piauí
João Piauí nunca foi um exemplo de bom avô, diferente de Manoel Correia, nesse caso, as gerações sucessoras de João Piauí e Manoel Correia foram bem representadas pelos cinco à cima, seguidores do padrão de determinação do Correia e do alcolismo do lendário John.
Uma foto bem configurada, o regente principal no meio, a double trouble masculina nas extremidades superiores e as nossas mulheres sob nossa regência e cuidado.
Quanto ao caçula Rafinha, este ainda não bebe, por isso ausente.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Detrás do pedestal!
O reef principal de “all your Love” interpretado por Rafael Saluotto foi o ponto máximo do frenesi na minha condição de expectador, reef cortante, me fez descer 300ml de alambique goela a baixo em meio segundo, olhei pro lado e vi meu irmão em passos de samba rock tragando o pescoço da bela afortunada (essa sim estava em pleno frenesi), olhei pra esquerda e percebi que o espírito lascivo havia dominado a garagem de minha casa, a grande maioria estava com os lábios ocupados, todos movidos pelo ímpeto do slowblues, movidos pela classe de Rafael e o feeling da double trouble Blau and Raldo.
O bom anfitrião cadencia o tempo de modo hábil, atende a todos, sem acepções, mas eram tantos bons rapazes, tantas belas meninas, por eu ser só um me deparei com um agradável árduo trabalho, com isso, para atenuar minha sobrecarga me esquivei de todos e me infiltrei no bento palco sob a benção do trio cortante e trouxe todos a mim através do potente shuffle em MI, os introduzi na sagrada cama do blues em LÁ maior, a conseqüência de tudo isso foi libertadora, libertadora para todos, não ousarei falar dessa libertação, ela é individual, cada um com suas razões, percebi isso por detrás do pedestal.
Foi uma visão futurista, profética, os próximos dias serão férteis.
O bom anfitrião cadencia o tempo de modo hábil, atende a todos, sem acepções, mas eram tantos bons rapazes, tantas belas meninas, por eu ser só um me deparei com um agradável árduo trabalho, com isso, para atenuar minha sobrecarga me esquivei de todos e me infiltrei no bento palco sob a benção do trio cortante e trouxe todos a mim através do potente shuffle em MI, os introduzi na sagrada cama do blues em LÁ maior, a conseqüência de tudo isso foi libertadora, libertadora para todos, não ousarei falar dessa libertação, ela é individual, cada um com suas razões, percebi isso por detrás do pedestal.
Foi uma visão futurista, profética, os próximos dias serão férteis.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
YYZ
Não foi possível destrinchar a política da elegante arte contemporânea na vigésima nona Bienal de São Paulo, nessa excepcional avaliação contemplativa nos foi revelado o desabafo apolítico esboçado em belas obras, no mesmo tom, também foi concretizado a pró-posição à arte política, nesses dois pólos os tantos rostos dos autores estavam de alguma maneira ali presentes, essa percepção da presença do autor em suas criações artísticas é quase sempre que indissociável, raramente o artista se desvincula de suas obras.
A arte em suas tantas formas é um veículo de externar ao mundo a posição do manifestante.
A arte plástica em sua força visual, carrega em si um enredo difuso, silencioso e de profunda introspecção, contudo, não se exime do caráter manifestante. A arte cinematográfica transporta consigo esse valioso legado configurado de maneira mais abrangente, com a vantagem de reunir diversos gêneros artísticos em seu produto final.
A arte em prosa, em poesia, conotativa ou denotativamente quando posta em música se torna uma arma perigosa, é o modo mais incisivo de se fazer arte, é uma ameaça ao estado, é o tributo do trovador.
Todas essas composições artísticas argumentam através do corpo, da imagem, da mensagem codificada em sinais gráficos, conseguem portanto garantir a assimilação do conteúdo proposto na obra, elas também vêm de modo intenso quando miram os ouvidos, através da audição em alguns casos, a poesia é dispensável, o instrumental por si só se sustenta com persuasão contundente, basta ver a dor dos jazzeiros de Nova Orleans tangida em seus instrumentos tradicionais, se ainda assim todo amor contido na sinfonia do traditional jazz não for compreendido, proponho então que desistam, pois assim como a morte, se trata de um caso sem esperança, onde a luz verde se extingue diante da charada indecifrável.
A arte em suas tantas formas é um veículo de externar ao mundo a posição do manifestante.
A arte plástica em sua força visual, carrega em si um enredo difuso, silencioso e de profunda introspecção, contudo, não se exime do caráter manifestante. A arte cinematográfica transporta consigo esse valioso legado configurado de maneira mais abrangente, com a vantagem de reunir diversos gêneros artísticos em seu produto final.
A arte em prosa, em poesia, conotativa ou denotativamente quando posta em música se torna uma arma perigosa, é o modo mais incisivo de se fazer arte, é uma ameaça ao estado, é o tributo do trovador.
Todas essas composições artísticas argumentam através do corpo, da imagem, da mensagem codificada em sinais gráficos, conseguem portanto garantir a assimilação do conteúdo proposto na obra, elas também vêm de modo intenso quando miram os ouvidos, através da audição em alguns casos, a poesia é dispensável, o instrumental por si só se sustenta com persuasão contundente, basta ver a dor dos jazzeiros de Nova Orleans tangida em seus instrumentos tradicionais, se ainda assim todo amor contido na sinfonia do traditional jazz não for compreendido, proponho então que desistam, pois assim como a morte, se trata de um caso sem esperança, onde a luz verde se extingue diante da charada indecifrável.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Dazed and Confused.
Contraponho o provérbio que diz que mente vazia é oficina do Diabo, mente vazia é usina do Senhor, fábrica de paz, quantos seres vítimas de tragédias almejam por lobotomia, por uma borracha que apague as tristes lembranças, por esvaziar a mente e repousar na paz divina, as questões divinas de tão abundantes requerem muito espaço em HD, é necessário desocupar a cabeça deixando-a completamente oca com espaço suficiente para os equipamentos de fabricação de paz, alegria e prosperidade.
Oficina do Diabo é o palácio do planalto, a casa branca, a assembléia geral da ONU; ora, Belzebu é um ser milenar que acompanhou todo o processo do plano divino através do séculos, assim, ele busca instaurar-se em ambientes ricos em sabedoria, procura alojar-se em mentes atordoadas e confusas, mentes sobrecarregadas e ocupadas. Mal aventurado é aquele que assentou-se à roda de anciões de raça gentil, desgraçado é aquele que viajou pelo tempo e o espaço, malditos são aqueles que receberam a revelação através da canção de línguas, infortúnios são os que compõem a esquadrilha dos impiedosos, receio que o príncipe das trevas queira relacionar-se com esses infelizes, esses sim estão distantes da paz; assim como o Diabo esses aprenderam a refletir sobre questões irrespondíveis, contraditoriamente aprenderam a respondê-las, aprendizado pesado produtor de ambição, nostálgico produtor de saudade.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Riversampa
A pronúncia fechada gutural da letra “E” quando dita separadamente identificada como vogal, foi posta em cheque pela preferência da pronúncia aberta penetrante, ou seja, há quem prefira dizer letra “ê” e há quem prefira dizer letra “é”, essa foi a discussão da vez do meu reencontro com Larissa Conforto, ressaltando que essa foi a primeira vez que nosso duelo de dialetos e sotaques foram disputados em arena paulistana, há coisas que não mudam com o tempo, estamos sempre em oposição, o destino quando nos põe de frente também coloca Palmeiras e Botafogo, ironicamente dessa vez pôs Botafogo e Palmeiras, quando estamos lá, eles estão a cá, quando estamos aqui eles se vão pra lá, assim como em nossos sinistros debates, Botafogo e Palmeiras sempre empatam nesse choque entre o Paulista e a Carioca.
O desconforto de ter que correr improvisadamente para encontrar a senhorita Conforto foi compensado, valeu renunciar certos compromissos para atender o súbito chamado via scrap deixado pela mãe da forasteira que anunciava a busca de sua filha por aventura na capital paulista, valeu, valeu para matar a saudade, saudade saciada na calçada, foram quarenta minutos de intervalo entre a mensagem e o abraço do reencontro, volto a dizer que há coisas que o tempo não muda, bem como seu marcante perfume.
Restou-me assisti-la em plena ascensão, abençoada pelo tempo em valores estéticos.
Esplendorosamente, a garoa, marca registrada da terra dos arranha céus, prestigiou-nos por alguns minutos para climatizar as benditas cinco horas de harmonia entre a arte forjada em sua pele e a irada barba contrastada com a careca umedecida pelas gotas do sereno, os presentes desconhecidos ao redor, pareciam saber de quem se tratava, a todo instante éramos interrompidos por propostas que nos surgiam de todos os lados, algumas aceitas, outras recusadas, e assim retomávamos o clímax do enredo ali discutido.
Harmonioso bate-boca encerrado no táxi, Larissa Ventura rumo a turnês internacionais e Ronaldo Vinil intercedendo aos deuses do blues por bênçãos, que Eles a abençõe nessa nova maratona no norte do continente.
Até o próximo confronto
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Welcome
Em determinado parágrafo do estatuto da política da boa vizinhança é determinado aos antigos moradores a visita destinada aos moradores recém-chegados, nessa visita é imprescindível que o visitante leve consigo um presente de boas vindas para garantir o êxito na tentativa de um relacionamento amigável com o novato.
Esse conceito não foi respeitado por mim na tarde de ontem, foram quase três semanas para que eu enfim saudasse a nova vizinha, na verdade seria muito mais tempo não fosse a inspiração causada pelo piano Rhodes de “Menininha do portão” de Maria Rita, minha ação de aproximação surgiu através dos versos dessa canção, por mais que ela aparentasse ter cinco anos de vida a mais do que eu, eu queria dizer a ela – “Menininha sai do portão, vem também brincar, vem pra roda me dê a mão traz o seu olhar, todo dia no seu portão vejo seu olhar, e eu pego a harmônica faço versos feito um trovador, quem sabe então você me dê, me dê o seu amor” –
Não passei vontade e fui, fui pelo caminho inverso do protocolo, fui de mãos vazias, na verdade fui com o pretexto de conseguir algumas pedras de gelo para meu Uísque, não demorou para que ela atendesse o meu chamado através de intensas palmas, ela surgiu surpresa porém vulnerável, não vi sintomas defensivos, eu com pouca delicadeza sequer a cumprimentei, fui direto ao ponto antes mesmo que ela se aproximasse, ela pois então deu uma volta de 180 gruas e voltou para buscar os meus cubos de gelo, já de volta com duas formas de gelo nas mãos, ela abriu o portão, e calada me estendeu as formas, eu as peguei e disse:
- Seja bem vinda! Irei retribuir sua generosidade, com suas pedras de gelo irei lhe prepara um drink de sua preferência, basta dizer que eu faço.
- Oh muito obrigada! É um prazer, nesse caso não irei recusar, uma caipirinha cairia bem.
- Sendo assim, você tem a opção de participar da nossa confraternização familiar, lá em minha casa, ou se preferir eu trago sua caipirinha até aqui.
Ela alegou timidez, preferiu que eu levasse a caipirinha em sua casa, após isso, eu já com meu copo de Uísque em uma mão e um taça de caipirinha na outra, não pude bater palmas a fim de chamá-la, não pude também gritar pelo seu nome, afinal não havíamos nos apresentado, mas ela com enorme instinto surgiu enquanto eu ainda refletia sobre esse impasse, com graciosidade incomum ela pegou sua caipirinha com a mão esquerda e com a mão direita estendida disse-me seu nome, eu peguei em sua quente mão estendida e a esfriei com a minha gélida e disse meu nome:
- Prazer! Correia, Ronaldo Correia.
Com as mãos ainda entrelaçadas, senti potencial nessa moça e vi justiça em convidá-la para ir ao Pacaembu em minha companhia ver o Verdão castigar o frágil Aavaí, ela recusou o meu convite por enxergar de modo tricolor e me alertou:
Cuidado hein! Esse time aí, o Avaí, é um capeta!
Hoje ainda pela manhã e deixei-lha um recado manuscrito:
- Cuidado Hein, Esse Valdívia aí, o Mago, é o Capeta!
Esse conceito não foi respeitado por mim na tarde de ontem, foram quase três semanas para que eu enfim saudasse a nova vizinha, na verdade seria muito mais tempo não fosse a inspiração causada pelo piano Rhodes de “Menininha do portão” de Maria Rita, minha ação de aproximação surgiu através dos versos dessa canção, por mais que ela aparentasse ter cinco anos de vida a mais do que eu, eu queria dizer a ela – “Menininha sai do portão, vem também brincar, vem pra roda me dê a mão traz o seu olhar, todo dia no seu portão vejo seu olhar, e eu pego a harmônica faço versos feito um trovador, quem sabe então você me dê, me dê o seu amor” –
Não passei vontade e fui, fui pelo caminho inverso do protocolo, fui de mãos vazias, na verdade fui com o pretexto de conseguir algumas pedras de gelo para meu Uísque, não demorou para que ela atendesse o meu chamado através de intensas palmas, ela surgiu surpresa porém vulnerável, não vi sintomas defensivos, eu com pouca delicadeza sequer a cumprimentei, fui direto ao ponto antes mesmo que ela se aproximasse, ela pois então deu uma volta de 180 gruas e voltou para buscar os meus cubos de gelo, já de volta com duas formas de gelo nas mãos, ela abriu o portão, e calada me estendeu as formas, eu as peguei e disse:
- Seja bem vinda! Irei retribuir sua generosidade, com suas pedras de gelo irei lhe prepara um drink de sua preferência, basta dizer que eu faço.
- Oh muito obrigada! É um prazer, nesse caso não irei recusar, uma caipirinha cairia bem.
- Sendo assim, você tem a opção de participar da nossa confraternização familiar, lá em minha casa, ou se preferir eu trago sua caipirinha até aqui.
Ela alegou timidez, preferiu que eu levasse a caipirinha em sua casa, após isso, eu já com meu copo de Uísque em uma mão e um taça de caipirinha na outra, não pude bater palmas a fim de chamá-la, não pude também gritar pelo seu nome, afinal não havíamos nos apresentado, mas ela com enorme instinto surgiu enquanto eu ainda refletia sobre esse impasse, com graciosidade incomum ela pegou sua caipirinha com a mão esquerda e com a mão direita estendida disse-me seu nome, eu peguei em sua quente mão estendida e a esfriei com a minha gélida e disse meu nome:
- Prazer! Correia, Ronaldo Correia.
Com as mãos ainda entrelaçadas, senti potencial nessa moça e vi justiça em convidá-la para ir ao Pacaembu em minha companhia ver o Verdão castigar o frágil Aavaí, ela recusou o meu convite por enxergar de modo tricolor e me alertou:
Cuidado hein! Esse time aí, o Avaí, é um capeta!
Hoje ainda pela manhã e deixei-lha um recado manuscrito:
- Cuidado Hein, Esse Valdívia aí, o Mago, é o Capeta!
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
A oculta São Paulo
As razões do meu chauvinismo pela capital paulista e por algumas extensões da grande São Paulo me foi revelada sob a ótica das lentes do fantástico filme de direção de Fernando Meirelles “Blindness”, é a primeira vez que pude apreciar a bela São Paulo numa proporção holliwoodiana, sinceramente, Ensaio Sobre A Cegueira mostrou-me as crônicas ocultas na geografia de nossos edifícios, na arquitetura do nosso relevo bonito por natureza, diria até que muito em breve isso será uma tendência, o Brasil estará em evidência nesse período de preparação pra copa 2014, em virtude disso, o mundo irá se ver em São Paulo, Italianos se identificarão com a Moca, Japoneses se emocionarão com o bairro da Liberdade, pressuponho que não há melhor metrópole no mundo que tenha em si tantos caracteres que atendam a diversidade de requisitos de todos os gêneros possíveis, isso para qualquer segmento artístico.
Em São Paulo se encontra as melhores pessoas do mundo, aqui aprendi a técnica de origami com a mais linda mestiça oriental da América do sul, aqui se joga o melhor futebol de salão do mundo, ou pra quem preferir futsal, o nosso maldito trânsito configurado por loucos nos ensina métodos de pilotos de fuga, é o único lugar do mundo onde se pode usufruir de todas as estações do ano em um único dia, temos o CEAGESP, um prato cheio pra quem gosta de alface, tomate e peixe fresco, nossas pizzas são mais apimentadas do que as de Veneza, daqui saiu Adoniran, aqui estão os principais artistas retirantes do belo nordeste brasileiro.
Por tudo isso, lamento a não liberação das canções da banda Led Zeppelin para trilhas sonoras, os arranjos compostos por Jimmy Page são verdadeiras trilhas para filmes de todos os gêneros, vai do místico ao contemporâneo, vai da ação frenética ao romance dramático, as composições do Led Zeppelin são assim como a cidade de São Paulo, nasceram para figurar nas telas de cinema, no entanto, em raras vezes aparecem por lá, essa é uma realidade que me entristece e que me inspira, quando eu concretizar alguns projetos culturais prioritários dentro da música, irei me voltar pra grande São Paulo e fundirei em minhas crônicas de modo sincronizado as canções cantadas por Robert Plant.
Aguardem.
Em São Paulo se encontra as melhores pessoas do mundo, aqui aprendi a técnica de origami com a mais linda mestiça oriental da América do sul, aqui se joga o melhor futebol de salão do mundo, ou pra quem preferir futsal, o nosso maldito trânsito configurado por loucos nos ensina métodos de pilotos de fuga, é o único lugar do mundo onde se pode usufruir de todas as estações do ano em um único dia, temos o CEAGESP, um prato cheio pra quem gosta de alface, tomate e peixe fresco, nossas pizzas são mais apimentadas do que as de Veneza, daqui saiu Adoniran, aqui estão os principais artistas retirantes do belo nordeste brasileiro.
Por tudo isso, lamento a não liberação das canções da banda Led Zeppelin para trilhas sonoras, os arranjos compostos por Jimmy Page são verdadeiras trilhas para filmes de todos os gêneros, vai do místico ao contemporâneo, vai da ação frenética ao romance dramático, as composições do Led Zeppelin são assim como a cidade de São Paulo, nasceram para figurar nas telas de cinema, no entanto, em raras vezes aparecem por lá, essa é uma realidade que me entristece e que me inspira, quando eu concretizar alguns projetos culturais prioritários dentro da música, irei me voltar pra grande São Paulo e fundirei em minhas crônicas de modo sincronizado as canções cantadas por Robert Plant.
Aguardem.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Vintage Boy.
O primeiro passo foi convencer minha mãe de que passar a tarde comigo seria mais produtivo do que estar nos bancos da Fundação Bradesco, feito isso, ela permitiu que meu irmãozinho faltasse à escola para uma tarde cultural.
O primeiro programa foi pegar o trem com destino ao sul, ele viu os vagões vazios às 14h30min da tarde, mas, mal sabia ele que bastava apenas algumas horas para esses vagões se assemelharem ao Hades.
Já no jardim Belval, o garoto ficou surpreso, ele esperava uma região chique, repleta de restaurantes sofisticados e centros comerciais, o jogo começaria às 19h30min, tínhamos ainda quatro horas para gastarmos na periférica Barueri. Então fomos ao primeiro programa, teoricamente seria num centro de diversões eletrônicas num shopping center, mas como nas margens não se encontra entretenimentos dessa natureza, entramos num boteco onde se ouvia Luis caldas e Carlito Gomes, pedimos uma ficha de bilhar que nos foi negada, o dono do bar não permitiu a prática do jogo a um menor de dezoito anos, coube ao meu irmãozinho assistir eu desafiar o dono do bar apostando garrafas de cervejas. Minutos depois derrotado pelo senhor barrigudo que comercializava cerveja quente, fomos ao encontro de outro passa tempo, sem muitas opções, entramos em outro bar, o enxame verde já tomava conta da região e por conta disso meu irmãozinho perdeu sua paz, afinal ele ultrajava o manto vintage da década de oitenta, uma relíquia ambicionada por muitos Palestrinos, assim portanto, ele era saudado e elogiado por sua camisa de tecido envelhecido, isso lhe serviu de lição, foi a primeira vez que ele sentiu o impacto da camisa palmeirense.
Cansado de ser tietado, meu irmãozinho sugeriu que fôssemos a outro boteco, (sim, boteco era a única opção), todas as opções que tínhamos eram deploráveis, o que configurava o contraste, pois uma arena sofisticada, de estrutura superior a de todos os estádios do estado de São Paulo não poderia ser instaurada numa região subdesenvolvida, torço para que a região se adapte a modernidade do estádio.
Já conformados com o que tínhamos ao nosso dispor até o início do jogo contra o colorado, fomos salvos por uma Juke Box que surgiu do nada em um desses botecos. Meu irmão como se tivesse encontrado um alento, desesperadamente inseriu cinco moedas na máquina, recheamos a set list de AC/DC e Pink Floyd e nos desligamos do redor que nos rodeava e nos embriagamos com os clássicos selecionados.
Nesse clima de espera e de harmonia com o rock, meu futuro herdeiro foi vítima da presunção humana, de modo cordial a atendente do bar nos deu algumas sugestões, ela propôs a meu pequeno irmão um assaí na tigela, ele escolheu carne seca, ela também lhe ofereceu lanches cheeses, ele preferiu o caldo de mocotó, o fantástico caldo de mocotó de boteco, por fim ela perguntou-lhe se o volume da Juke Box estava lhe incomodando, ele a respondeu:
- Fui eu mesmo quem aumentei!
Ela lhe fitou surpresa e se manteve presunçosa:
- Foi seu pai quem escolheu essas músicas?
- Não, fui eu, ele escolheu apenas meu time, e até hoje agradeço a Deus por essa escolha.
A doce moça desconcertada retirou-se e pôs-se a admirar-nos de longe.
Então eu disse, esse é o preço a ser pago por suas escolhas Vintage Boy.
O primeiro programa foi pegar o trem com destino ao sul, ele viu os vagões vazios às 14h30min da tarde, mas, mal sabia ele que bastava apenas algumas horas para esses vagões se assemelharem ao Hades.
Já no jardim Belval, o garoto ficou surpreso, ele esperava uma região chique, repleta de restaurantes sofisticados e centros comerciais, o jogo começaria às 19h30min, tínhamos ainda quatro horas para gastarmos na periférica Barueri. Então fomos ao primeiro programa, teoricamente seria num centro de diversões eletrônicas num shopping center, mas como nas margens não se encontra entretenimentos dessa natureza, entramos num boteco onde se ouvia Luis caldas e Carlito Gomes, pedimos uma ficha de bilhar que nos foi negada, o dono do bar não permitiu a prática do jogo a um menor de dezoito anos, coube ao meu irmãozinho assistir eu desafiar o dono do bar apostando garrafas de cervejas. Minutos depois derrotado pelo senhor barrigudo que comercializava cerveja quente, fomos ao encontro de outro passa tempo, sem muitas opções, entramos em outro bar, o enxame verde já tomava conta da região e por conta disso meu irmãozinho perdeu sua paz, afinal ele ultrajava o manto vintage da década de oitenta, uma relíquia ambicionada por muitos Palestrinos, assim portanto, ele era saudado e elogiado por sua camisa de tecido envelhecido, isso lhe serviu de lição, foi a primeira vez que ele sentiu o impacto da camisa palmeirense.
Cansado de ser tietado, meu irmãozinho sugeriu que fôssemos a outro boteco, (sim, boteco era a única opção), todas as opções que tínhamos eram deploráveis, o que configurava o contraste, pois uma arena sofisticada, de estrutura superior a de todos os estádios do estado de São Paulo não poderia ser instaurada numa região subdesenvolvida, torço para que a região se adapte a modernidade do estádio.
Já conformados com o que tínhamos ao nosso dispor até o início do jogo contra o colorado, fomos salvos por uma Juke Box que surgiu do nada em um desses botecos. Meu irmão como se tivesse encontrado um alento, desesperadamente inseriu cinco moedas na máquina, recheamos a set list de AC/DC e Pink Floyd e nos desligamos do redor que nos rodeava e nos embriagamos com os clássicos selecionados.
Nesse clima de espera e de harmonia com o rock, meu futuro herdeiro foi vítima da presunção humana, de modo cordial a atendente do bar nos deu algumas sugestões, ela propôs a meu pequeno irmão um assaí na tigela, ele escolheu carne seca, ela também lhe ofereceu lanches cheeses, ele preferiu o caldo de mocotó, o fantástico caldo de mocotó de boteco, por fim ela perguntou-lhe se o volume da Juke Box estava lhe incomodando, ele a respondeu:
- Fui eu mesmo quem aumentei!
Ela lhe fitou surpresa e se manteve presunçosa:
- Foi seu pai quem escolheu essas músicas?
- Não, fui eu, ele escolheu apenas meu time, e até hoje agradeço a Deus por essa escolha.
A doce moça desconcertada retirou-se e pôs-se a admirar-nos de longe.
Então eu disse, esse é o preço a ser pago por suas escolhas Vintage Boy.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Neutro
O meu pai como um bom brasileiro é amante do futebol, porém, ele é contra a publicidade exagerada dada aos jogadores famosos, em certo ponto suas razões são coerentes e de fácil compreensão, pois quando um jogador consagrado faz alguma jogada de efeito, este é considerado diferenciado, quando um jogador estrela executa um lance que requer mais técnica, este é avaliado como acima da média, por outro lado, quando um jogador comum realiza um lance mais elaborado, esse lance é concebido sem grandes alardes, como se fosse um lampejo, por exemplo, se por ventura Ronaldinho Gaucho executar três “elásticos sucessivos na zaga adversária, ele será visto pela crítica como um jogador extremamente habilidoso e genial, porém, se esse mesmo lance fosse executado por Juninho Paulista, tal situação seria vista apenas como um belo lance feito por um bom jogador profissional, sendo assim, é possível afirmar que as situações não são avaliadas imparcialmente, contudo, vale dizer que a regularidade em lances geniais que partem de jogadores famosos são mais presentes do que em jogadores de pouca fama, isso é algo que compromete a justiça na avaliação técnica destinada aos jogadores.
Por considerar esse fato, fiz um pesquisa para confirmar essa injustiça, ano passado no Citibank Hall no dia do show do Marcelo camelo, selecionei cinco moças e mostrei a elas duas músicas de Marcelo camelo, “Bom dia”, “Doce Solidão” na versão de minha banda, ao ouvi-las, essas moças aprovaram nossa versão, após isso, mostrei a elas uma nova canção de Marcelo camelo que ainda não foi lançada, também interpretada por minha banda, essa terceira música na opinião dessas moças foi escolhida a melhor entre as três, porém, essa terceira canção não é de autoria do hermânico Camelo e sim de minha autoria, eu criei essa situação falsa para que houvesse imparcialidade no julgamento por parte das entrevistadas.
Já em outra situação mostrei as três canções à outras cinco moças, mas dessa vez disse que a terceira canção era minha, as três músicas foram aprovadas, contudo, a minha canção não foi tão bem aceita em relação às do Marcelo.
Repeti esse processo mais quatro vezes com moças diferentes, e o resultado se repetiu, quando eu dizia que“Barracão” era de autoria de Marcelo Camelo e que seria lançada em breve, a música era elogiada e bem aceita, até me pediam o link para baixá-la, mas, quando dizia que “Barracão” era de minha autoria e que seria lançada pela Super Malte, a canção era elogiada com menos fulgor, o número de adeptos reduzia, poucas pediram o link para download.
Essa é a verdade reveladora, onde a fama prevalece sobre o produto.
Por considerar esse fato, fiz um pesquisa para confirmar essa injustiça, ano passado no Citibank Hall no dia do show do Marcelo camelo, selecionei cinco moças e mostrei a elas duas músicas de Marcelo camelo, “Bom dia”, “Doce Solidão” na versão de minha banda, ao ouvi-las, essas moças aprovaram nossa versão, após isso, mostrei a elas uma nova canção de Marcelo camelo que ainda não foi lançada, também interpretada por minha banda, essa terceira música na opinião dessas moças foi escolhida a melhor entre as três, porém, essa terceira canção não é de autoria do hermânico Camelo e sim de minha autoria, eu criei essa situação falsa para que houvesse imparcialidade no julgamento por parte das entrevistadas.
Já em outra situação mostrei as três canções à outras cinco moças, mas dessa vez disse que a terceira canção era minha, as três músicas foram aprovadas, contudo, a minha canção não foi tão bem aceita em relação às do Marcelo.
Repeti esse processo mais quatro vezes com moças diferentes, e o resultado se repetiu, quando eu dizia que“Barracão” era de autoria de Marcelo Camelo e que seria lançada em breve, a música era elogiada e bem aceita, até me pediam o link para baixá-la, mas, quando dizia que “Barracão” era de minha autoria e que seria lançada pela Super Malte, a canção era elogiada com menos fulgor, o número de adeptos reduzia, poucas pediram o link para download.
Essa é a verdade reveladora, onde a fama prevalece sobre o produto.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Se não tem água Perrier eu não vou me aperrear.
Lancem pérolas aos porcos e eles jamais aceitarão lavagem, dêem contrafilé aos cães e eles não mais aceitarão ração, ofereçam leite quente aos gatos e eles não correrão novamente atrás de ratos.
Esse provérbio composto agora ilustra bem a minha paixão e minha amargura pelo Palmeiras, pois quem se acostumou com New York sofrerá com Madureira e é por isso que eu me aperrio em ver a cúpula do Ewerthon, composta por Tadeu e Luan punindo nosso ataque palestrino, esses três patetas divertem a zaga adversária e envergonham o nosso Gladiador, eles ruborizam a face do Mago Valdívia com futebol de várzea, me sinto profundamente triste e solidário a são Marcos que compartilha da glória alviverde com esses rapazes, confesso que não entendi até agora a razão pela qual o goleiro Marcos indicou a contratação de Tadeu.
Porém, tendem bom ânimo, está ocorrendo conforme o esperado, afinal, Lincoln já se recuperou de sua lesão e está de volta ao time com sua técnica apurada, a cada dia o osasquense Kléber está mais comprometido com a causa palmeirense e quanto a Jorge Valdívia, esse dispensa comentários, que os deuses do futebol abençoe esses três rapazes (Maestro-Gladiador-Mago) para que conquistemos a copa sul-americana, pois assim, chegaremos fortes à libertadores do ano que vem, com alguns ajustes do mestre Scolari seguido de algumas contratações de nível, certamente estaremos no caminho de reconquistarmos a América, entretanto, não serei hipócrita, não estou muito contente com a maneira que Felipão vem escalando o Palmeiras, mas irei considerar pela história que ele tem no clube e pelo péssimo elenco que ele tem em mãos, torço para que o problema de elenco seja resolvido ano que vem.
E quanto ao provérbio recitado no início do texto, espero que a diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras respeite esse conceito, mas enquanto isso, vou garimpando a melhor situação para prestigiar o Verdão no estádio, quarta-feira agora, será a primeira vez no ano em que teremos, o Mago Valdívia, Kléber o Gladiador e o Maestro Lincoln a disposição do técnico Luiz Felipe, teremos como adversário o atual campeão da América, Internacional de Porto Alegre, uma boa pedida para uma noite de quarta feira, será uma boa oportunidade para doutrinar meu irmão caçula na cultura do bom futebol, sobretudo agora que ele está se preparando para ingressar nas categorias de base do Palmeiras, é bom que ele se acostume com o futebol arte caso ele se torne um jogador do Verdão, seria cruel crucificar um irmão meu por desonra a camisa Palmeirense, portanto, quarta agora, estará ele, estarei eu, na arena Barueri, caso eu mantenha o meu positivo retrospecto, o Palmeiras acumulará mais uma vitória, pois nas poucas oportunidades em que eu assisti no Palestra Itália Palmeiras e Inter, nós saímos com a vitória.
Que assim seja.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Espírito de porco.
Irei agora associar o conceito de “afinidade” à conotação dada à expressão “espírito de porco”, são elementos que divergem em suas definições, mas que dispõem de noções comuns. Veja, afinidade é quando existe semelhança entre as partes, quando há compatibilidade entre os seres, essa mencionada afinidade é que distingue as relações de um ser para o outro, considerem uma menina adolescente que ao dizer ter uma melhor amiga, está igualmente dizendo ter maior afinidade e preferência por esta em relação às demais colegas, em outras palavras, ter maior afinidade por um a ter por outro significa compartilhar de valores iguais, é ter idéias convergentes, portanto, quando há afinidade entre dois ou mais seres a comunicação entre esses transcende o padrão da linguagem oral, a comunicação e o entendimento de situações são compartilhados antes mesmo das palavras se manifestarem, isso é afinidade.
Entretanto quero dar destaque a outro gênero de afinidade que supera a afinidade convencional, à essa compatibilidade e capacidade de entendimento eu nomeei por “espírito de porco”, o espírito de porco traz consigo um teor pejorativo em sua definição conotativa, porém os possuidores desse espírito profano têm uma capacidade maior de compreensão das situações em um todo, quer sejam elas para o escárnio ou deleite, essa leitura “maldosa” de interpretações diversas comum em criaturas espirituosas, produz um laço maior entre seres compatíveis, tenho como exemplo uma certa amiga, cujo os apreços e adjetivos de tal moça são totalmente divergentes dos meus, no entanto, temos uma ligação muito forte pela poderosa capacidade que a mesma têm de interpretar os motejos que flutuam pelos ares de bares, por templos e becos, estar na presença dela independentemente do ambiente é extremamente perigoso, pois ela através de seu espírito lhe mostrará situações correntes porém não percebidas, esta já foi expulsa de velórios, cerimônias religiosas e de toda sorte de episódios imagináveis por conta de seu descontrole perante fatos que aparentemente são comuns, mas acreditem, são fatos no mínimo risíveis, e ao assimilá-los conforme mostrado pela visão dessa “moça vil”, nasce o descontrole da própria emoção, desvendando assim, a sátira oculta nos personagens presentes. Para se compartilhar dessas experiências é necessário que exista uma sintonia maior que afinidade.
Essa referida sintonia, não se conquista através de anos de convivência, ela simplesmente existe entre as partes pela disposição semelhante de idéias, por “afinidade”, exemplo disso ocorreu quando entrei no banheiro masculino do Osasco Plaza Shopping com um amigo recente, das tantas oportunidades em que passei por esse banheiro, nunca tinha notado uma característica escandalosa e notável em sua estrutura arquitetônica, todavia, bastou que eu adentrasse nesse banheiro público na presença desse camarada que consegui perceber o tamanho do horror existente nesse ambiente, instantaneamente ambos caíram num inevitável riso.
Houve também um episódio marcante que mostra que a verdadeira compatibilidade não está no tempo de convivência e sim na autenticidade da relação ou interação, nesse episódio outro amigo recente depois de muito tempo apareceu em minha casa, aproveitei a oportuna para lhe mostrar meu novo projeto cultural, vale destacar que meus irmãos ao lerem e avaliarem esse projeto, o aprovaram e deram boas recomendações incrementativas, porém esse mencionado camarada ao ler esse projeto, logo no índice já mostrou uma visão sádica e inteligente acerca de sua estrutura, ao ler o primeiro tópico do primeiro capítulo, este com enorme “espírito de porco” mostrou sua aprovação imediata, entretanto, foi o único capaz de enxergar a força demagoga contida no mesmo, viu um prolixismo necessário e divertido em sua redundância, se trata de um projeto de fins profissionais, mesmo diferenciado segue normas convencionais, mesmo assim, não resisti em deixar sutilmente pitadas de humor, tão sutis que se tornam imperceptíveis, contudo, houve um capaz de enxergar esse tom espirituoso, todavia, ele não apareceu em minha casa para ler esse projeto e sim para brindarmos a presença feminina em nosso meio, assim portanto, interrompi a leitura do mesmo e fomos ao encontro de algumas moças para exercitarmos essa mencionada afinidade, essa referida sintonia, esse poderoso espírito de porco.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Dias gentis
Dos livros que compõem o velho testamento, o meu preferido é o livro de Eclesiastes de autoria do rei Salomão filho de Davi, rei Salomão, tenham-no como o governante mais sábio da mitologia bíblica, Salomão não foi realizador de grandes façanhas, como por exemplo, Sansão que derrubou um enorme templo eliminando milhares de filisteus, ou como seu Pai Davi que derrotou o famoso gigante Golias, sequer foi transladado, privilégio concedido ao profeta Elias, jamais experenciou a desconfortante estadia no estômago de uma baleia fato vivenciado por Jonas, ou nem mesmo devastou com pragas todo o Egito e partiu o mar ao meio conforme Moisés fizera, tampouco acalentou leões numa cova sombria e resistiu a ardente fornalha como Daniel e Cia, de fato Salomão não realizou fatos marcantes como de seus companheiros de fé, Salomão em seu círculo de fartura, provido de toda a sorte de bênçãos, construiu um grande império, abundante em terras produtivas e em rebanhos rechonchudos, poços de águas por todos os lados, milhares de servos, doutrinador, possuidor de todos os instrumentos possíveis para seus cantares, em seus desvarios era curado pela própria sabedoria, tudo que seus olhos desejavam ele jamais lhes negou, tudo que seu coração pedia Salomão não hesitava em conceder, mesmo diante de tanta dádiva e possuidor de tamanha glória Salomão se colocava no mesmo patamar de seus amigos de fé, se colocava na mesma condição de seus escravos, era diminuído perante suas tantas mulheres, ainda que extremamente sábio Salomão se via em iguais condições em relação aos tolos, dizia que tudo isso era mera vaidade, conquistas por vaidade, descanso por vaidade, paz por vaidade, prazer por vaidade, sacrifícios por vaidade, dor por vaidade, dizia que debaixo do sol todos estão condicionados às camadas naturais e finitas e que o fim está para todos com ou sem swing, e enfim disse não ter havido alegria nos dias de sua juventude, isso mesmo, Salomão que viveu grandes prazeres durante sua mocidade, ele ao chegar no apogeu de sua libertação mental disse que tais vaidades não compensaram a pena ou o prazer.
Vou um pouco mais além, tive alguns dias gentis, tive bons 4:42 minutos de prazer, tive bons tempos e bons medos, lembrei de quem eu costumava ser e de quem estou me tornando, o que houve de ruim ficou para trás, o que houve de bom ficou para trás e o que eu esqueci, também ficou para trás, e ao lembrar de tudo, quer tenha sido bom ou ruim, uma coisa é certa, foi tudo vaidade, pelo bem do próximo ou pelo meu próprio bem foi mera vaidade, então para que no futuro eu não diga como Salomão disse acerca do seu descontentamento onde ele mostra total indiferença aos dias de sua longa vida, irei seguir uma recomendação que ele deixou involuntariamente, conselho que consiste em não negar os pedidos que eu mesmo me fizer, concederei tudo o que meus olhos pedirem, talvez eu também diga que não tive contentamento nos dias de minha juventude, mas no final dessa frase acrescentarei, “todavia, fui generoso para comigo mesmo, sem martírio ou hipocrisia”, sendo assim, considerem-me um tolo sem vaidade pois nela procuro não mais residir, pois quando enfim eu abandoná-la aí poderei receber com orgulho o título de bluesman.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
96 anos!
Os chineses inventaram a gaita, um belo dia ela caiu na mão de negros norte-americanos e se transformou em harmônica.
Ingleses inventaram o futebol tijolo-bruto, os brasileiros transformaram o futebol em mármore lapidado e reluzente.
Os escoceses eram conhecidos pelo jogo de lançamentos longos, passes de ligação direta, já os uruguaios apresentaram um futebol de passes curtos e envolvente.
Os italianos são de modo genuíno virtuosos com o acordeom no colo, já a sanfona no colo do povo do nordeste brasileiro se faz vibrante e cheia de charme.
A principal academia do futebol brasileiro chamava-se Palestra Itália, hoje ao completar 96 anos chama-se Palmeiras.
Parabéns alviverde.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Vote Maradona, pior que ele só a Madona - 2469
Os programas humorísticos hoje perderam espaço para o horário eleitoral gratuito, como se não bastasse a censura sofrida pelos humoristas da televisão brasileira o supremo tribunal eleitoral também pretende arrancar-lhes o emprego dando lugar aos seus fantásticos candidatos artistas que nos divertem e nos envergonham em pleno horário político, não me refiro as deploráveis presenças de Maguilas, musas do funk nomeadas por frutos como peras e malancias, também não me refiro a presença de Marcelinho Carioca que até hoje amarga o pênalti defendido por São Marcos, suponho que o badalado Tiririca protagonista dessa safra de candidatos ilustres é o que melhor representa a face dos eleitores e governantes brasileiros, é difícil dizer quem é mais chistoso, se são os pastores de igreja associados á cúpula malufista pepista ou os astros de filmes pornográficos candidatos ao senado, não consigo desvendar quem é mais zombador, se são os meninos do KLB ou o nosso querido Geraldo Alckmin que insiste em se manter no governo por mais longos quatro anos após protagonizar o maravilhoso programa de educação de aprovação automática onde foi vice de Mário Covas, talvez essa eminente importância que nossos governantes dão à educação, justifique o porquê de nossa alegria em assistir a base de muito riso a apresentação de propostas dos nossos futuros representantes.
Há quem defenda a gestão FHC, há quem reconheça o positivo governo Lula, mas esses que defendem a ou b, também são contribuintes dessa cozinha que é governo brasileiro, jovens com diploma bacharel sequer suspeitam o que viria a ser um ministro chefe da casa civil, experimente perguntar na rua qual é a função de um ministro da fazenda.
Então tá, está explicado.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Esse sofá ta bom demais
Concedi-me ontem uma segunda de folga, desliguei o celular e fui me encontrar com a ociosidade, minha irmã ansiosa como é, repreendeu-me ao me ver no sofá contemplativo de barbas emaranhadas, afinal, havia muito a se fazer no dia de ontem e por conta disso ela não se conformou em ver o desperdício do dia mais produtivo da semana.
De modo simples, porém impactante, disse a ela o que eu busco, em que caminho estou, como conduzo e ordeno meus negócios, ela ainda resistente com enorme clichê defendeu as normas convencionais padronizadas sei lá por quem, disse que eu estou comprometido com algo grandioso e que o sucesso disso depende exclusivamente de mim e que não havia tempo a perder, os motivos de minha irmã de fato procediam, no entanto, claramente exemplifiquei à ela minhas razões.
A lógica sugere que o objetivo almejado é conhecido pelos meios de preparação, logo assim, é possível dizer que, um estudante de RH objetiva ingressar numa boa empresa para cuidar de suas questões burocráticas, um adolescente das categorias de base de um clube de futebol pretende chegar ao time principal e posteriormente na seleção brasileira, um cobrador de ônibus ao elevar a categoria de sua CNH busca chegar ao cargo de motorista, um estudante de engenharia anseia por um estágio na Telefônica, Nestlé, ou GM, fácil de prever, tente agora prever qual é o plano de vida por exemplo de Marcelo Camelo, talvez se tornar um perito em astrofísica, ou um agricultor em sua fazenda de ervas medicinais, compor poesias para o vento, tente agora adivinhar as futuras pretensões de Zeca Baleiro, talvez desenvolver um novo projeto arquitetônico para o prédio da bienal, se aprofundar no conhecimento de física quântica, ou simplesmente fumar um cigarrinho de artista nas dunas do maranhão, pior ainda é tentar convencer Eric Clapton de encarar uma turnê milionária na América do sul, ele quer mesmo é caçar gansos e pescar ao lado de suas filhas, talvez amanhã ele lance uma nova arte plástica para angariar fundos pro Crossroad Center, imagine Raul Seixas passando pela rua de trás para se esconder de seus credores, ou ponderando suas letras para conseguir um contrato junto à MTV, mais fácil seria ele pedir fiado novamente de modo descarado e fazer um voz e violão no boteco para pagar sua dívida com sua música incisiva, tente também descobrir quais são os planos de Belchior para os próximos anos, provavelmente se tornar um velejador nos mares do Índico, ou ser o primeiro governador Brasileiro de um estado no Uruguai, ou até mesmo um cafetão em Buenos Aires.
Agora abra a carteira desses referidos artistas, artistas preguiçosos, lá você verá alguns trocados, o suficiente para explorar toda América, toda Europa e para tirar quantos dias de folga forem necessário.
Da mesma maneira que não dá para prever o futuro desses malditos preguiçosos, não tentem descobrir como eles conseguem driblar os modos convencionais com tamanho êxito, isso é uma dádiva, poucos compreendem.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Vamos ao Jazz
Em discórdia com a estrutura do tempo, na má relação com o sagrado, mas porém, em concordância com minha sacrossanta mãe, mulher sábia que não se entedia com o lento e nem se enpanta com o veloz, sabia mulher mostrou-se feliz por minhas conquistas, mostrou-se solidária ao ver minha contemplação da consciência esclarecedora, fez-se confortante para atenuar a tragédia do desengano, com a queda da ilusão surge a reveladora razão que traz consigo cruéis respostas e que todavia, contribui com o fortalecimento do maldito ego, mas que também otimiza o uso da moderação, moderação que se opõe ao excesso passional, ilusória paixão que cega e sem visão surgem inúmeras lesões derivadas de sucessivas quedas e portanto a dor, pro bem a razão desvenda os olhos e ilumina os caminhos, pro mal, a razão desvenda os olhos e ilumina os caminhos revelando os monstros antes ocultos pela escuridão, monstros hostis que nos recepcionam com nãos, monstros desprovidos de gentileza e intensamente assombrosos em seus rugidos intraduzíveis, eles agem no que compraz, por instinto não se comunicam com palavras cordiais, se comunicam com lágrimas de sangue.
Vale dizer, quer sejam cegos lúdicos ou visionários céticos, seres gentis ou seres hostis, quer sejam animais domésticos ou selvagens, a eles fora dado a livre escolha, ou melhor, lhes fora imposto “escolhas” já determinadas, foi concedido o livre arbítrio mas esconderam a liberdade, pois na liberdade se é possível criar as próprias possibilidades, nessa liberdade que encontrei caída por aí desenvolvi alguns prováveis caminhos, alguns tantos lugares, as possibilidades eram tantas que ao ficar na dúvida pedi à minha mãe que decidisse por mim e apesar d’eu carregar uma pesada barba negra, ela ainda diz ser capaz de decidir por mim, então que ela decida e me prive da angustiante dúvida.
Ela decidiu e determinou que eu fosse ao Jazz, obediente como sou, irei, irei ao Jazz.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Transição.
Dias atrás fui visitar uma amiga de longa data na busca de recomendações para criação de um cardápio nordestino, essa mencionada amiga como sempre muito espirituosa e de profundo impacto em suas consultorias, ela ao longo desses anos em que esteve ausente submeteu-se à graduações de diversas naturezas, mostrando claramente as transições que seu corpo e mente passaram, manteve-se estática apenas em sua doçura interior, ela não renunciou ao seu “eu” pueril.
Nessa breve avaliação lembrei também de outra amiga que por dez longos anos não via, pois por conta do rompimento conjugal de seus pais eles se mudaram sabe deus lá pra onde, a última vez em que a vi tinha apenas treze anos, essa moça nessa época de infância sempre foi bastante elétrica e feliz em seu belo antro familiar, família harmoniosa e quente, eu era muito ligado aos seus irmãos, três irmãos, mas ela nunca se achegou a mim e vice-versa, entretanto, destinadamente esbarrei em um senhor sexagenário numa livraria qualquer, era o pai dessa moça, eu o reconheci e através dele consegui o contato de seus filhos, ao restabelecer o contato com um deles, recebi um convite para visitá-lo em Campinas, cidade para qual se mudaram sem deixar notícias, aceitei o convite e chamei um camarada meu para irmos à Campinas para rever esse amigo que a muito não via, fiquei extremamente surpreso em ver as mudanças pelas quais esse rapaz passou, ele era um menino estável emocionalmente, tímido e extremamente inteligente, nessa sua nova fase, estava incrivelmente impetuoso e marrento, alimentando alguns vícios mortais, mas sob controle, era inimigo da violência, hoje porém, é filiado a independente, facção criminosa de torcedores de futebol, por outro lado este não perdeu as qualidades que me faziam admirá-lo, obviamente que suas novas práticas não condizem com as minhas, mas o respeito mútuo sobreviveu ao tempo, nesse período de distância, sua família passou por grandes transformações, não obstante ao desenlace entre seus pais, ele e seus irmãos se tornaram pais solteiros, cada um com um filho entre 3 e 8 anos, com sua irmã também não foi diferente, outro fato que modificou radicalmente o padrão de vida desses jovens foi o falecimento da mãe, distantes do pai por fronteiras geográficas e longe da mãe por raias sobrenaturais, um dos irmãos teve problemas com a justiça e fora submetido por um ano ao cárcere, depois de solto seguindo o exemplo do mais velho se afastou dos mais novos e foi viver separadamente com sua nova mulher.
Os dois caçulas passaram a morar juntos e nessa minha visita foi bastante risível rememorar episódios de infância e durante essas lembranças eu condenei essa minha amiga por sua antipatia com a qual ela me vitimava enquanto criança, no entanto, ela conseguiu se remir ao nos receber calorosamente, deu um exemplo de hospitalidade, tanto na cozinha quanto na arrumação dos quartos, fomos visitá-los com o intento de ficar apenas um dia, porém a excelente recepção que essa amiga nos concedeu contribuiu com nossa permanência por mais dois, e quando enfim tivemos que partir, vimos a tristeza expressa em seu semblante.
Ao falar em perspectiva, falamos de seres que evoluem, ganham admiração e reconhecimento, falamos também de seres estáticos que por não acompanharem tal progresso são esquecidos e substituídos, podemos projetar um futuro promissor, se preparando no presente para colher frutos positivos no futuro, em outras palavras podemos programar coisas positivas para o futuro, porém não podemos evitar males que podem surgir e que certamente surgirão.
Ao ver as tantas mudanças que passaram por essa referida família, percebi que cedo ou tarde a minha família também passará por mudanças, por isso tenho que me conduzir para tentar atenuar os prováveis males que virão.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Beard
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Log book musical.
Um gênio da dramaturgia me disse com profunda propriedade que não havia ambiente mais místico, curioso, tenebroso, romântico, saudoso, triste, mágico e feliz que as entrelinhas de um belo hotel, mostrou-me na prática decisões valiosas e negociações determinantes realizadas em sofás de luxuosos lobbies, revelou os serviços de quarto extra-profissionais que garçons concediam à clientes carentes, disse de fantasias vivenciadas por camareiras no calar da madrugada ao usurpar a realidade de famosos hóspedes ultrajadas de vestes alheias e na contemplação de seus artefatos, mostrou que um recepcionista não poderia apenas dominar idiomas e sim também as técnicas terapêuticas freudianas para acalentar a dor dos forasteiros que fugiam da dor do amor mal correspondido (nesse caso mal é diferente de não), em bares e lobbies no interior de hotéis esplendorosos eram feitas grandes amizades, iniciavam-se grandes amores, tramas, planejamentos de crimes, toda ação humana que se poderia imaginar.
Ele resume tudo isso de modo fantástico, um bom ambiente hoteleiro pode ser resumido como um log book musical, um hotel é nada mais que uma boa peça musical, um hotel é um musical.
Antes de conceber tal pensamento, no meu primeiro dia como funcionário de um determinado hotel, senti o horroroso contraste ao perceber que a trilha sonora, o som ambiente das noites desse hotel era nada menos que música eletrônica e pop rock, não pude esperar por mais um dia sequer, audaciosamente me dei a liberdade de invadir a recepção e redeterminar a trilha desse território cinco estrelas, de modo apelativo iniciei com a diva Billie Holiday seguida de Otis Spann, T-Bone Walker e por fim o concertino de percussão em ré menor, obviamente não houveram objeções pois a harmonização foi instantânea.
A partir de então as loiras italianas climatizaram melhor seus curtos cabelos loiros com os lustres dourados do lobbie do hotel, os chefes africanos sentiram suas raízes expressas no ar, suponho que a sintonia entre ambiente e trilha tenha embelezado as insossas chinesas, "carismatizado" as rudes holandesas e revertido o negativo para o positivo em um todo, esse pequeno exemplo confirma a teoria de que um hotel com tais condições daria uma boa peça pra Broadway.
Hoje voltarei nesse hotel que trabalhei e tentarei ver se houve alguma influência deste na minha mais nova canção circense, pois como se não bastasse até delegações de clubes de futebol mostravam seu choro no fim de uma partida perdida nesse lobbie misterioso, bem como passavam madrugadas acordados comemorando a vitória num clássico regional, arrisco a dizer que além de um musical um bom hotel também é uma mesa redonda que aquece as tantas discussões que fervem o volúpio mundo dos boleiros, sei que foi numa noite embriagado nesse hotel que nasceu as primeiras estruturas melódicas de "Girl of Castle", talvez nos meus deleites sobre as pancadas que o Corinthians tomava nas tardes de domingo tenha saído os jargões que complementam meu rock de futebol.
10!
Amarguei por longos anos no Palmeiras a formação de elencos compostos por jogadores pífios, jogadores de baixa qualidade técnica, jogadores indignos do manto verde, contudo, conformava-me com a atual dificuldade do clube, eles na política do bom e barato conseguiram montar times medianos competitivos, mas o Palmeiras por sua grandeza não pode se manter na intermediária e sim no topo do ranking.
Mesmo com a chegada de Scolari, (o que nos deixa bastante otimistas por uma renovação para reassumirmos nosso posto imponente), o processo de restauração na academia palestrina será relativamente penoso e simultaneamente prático, é necessário que os palmeirenses exigentes tenham paciência com essa fase de restituição ministrada pelo senhor Luiz Felipe.
Quero alertar meus caros palestrinos a algo extremamente importante, peço-lhes pelo amor de Deus, do Diabo ou de qualquer entidade sobrenatural, que vós não sejais novamente coniventes ao desprezo que o clube teve nesse ano e no ano passado pela camisa 10, condeno totalmente o departamento de marketing, condeno o conselho palmeirense, condeno são Marcos, culpo à presidência e até esse indivíduo chamado de Cleiton Xavier, definitivamente Cleiton Xavier não dispõe de envergadura para figurar como maestro do glorioso Palestra, ele deveria se envergonhar de assumir tamanho encargo reconhecendo sua incapacidade, ele sequer teria condições de jogar no Palmeiras, mas é sabido que os clubes brasileiros de modo geral carecem de grandes craques, entretanto, no caso do Palmeiras é um verdadeiro pecado cometido contra si permitir que um jogador limitado ostente a camisa que foi utilizada por Ademir da guia nosso elegante divino, que foi honrada por Alex e sua regência celeste, houveram alguns que souberam defendê-la com afinco como o bom Juninho Paulista e dou destaque ao nosso majestoso Mago, Jorge Valdívia.
Na carência de gênios capazes de carregar essa pesada camisa 10 sugiro que a Sociedade Esportiva Palmeiras seja coerente em homenagear esses nomes que honraram o Palestra nobremente e retirem a camisa 10 na ausência de uma peça digna, já que a difícil fase do clube impede que se tenha em seu elenco um jogador com talento para o uso da 10, que não haja a 10 portanto, é extremamente vergonhoso para mim ver o modesto Claiton Xavier ultrajando o verde 10 que foi do magnífico Valdívia, como era bom ver a força do Animal com sua poderosa camisa 7, a calma de Evair em deslocar toda a zaga e o goleiro com sua eterna 9, o prazer de ver o desastre que o genuíno Alex causava no sistema adversário com sua maestria nota 10, e depois acordar e se deparar com uma fraude chamada Diego Souza, a mim ele nunca enganou, com o grosso futebol de Obina e Cia, mas meu principal alvo é sim Cleiton Xavier que não teve hombridade para renunciar o esplendor da camisa 10 Palmeirense, mas graças aos céus e aos deuses do futebol ele se foi, finalmente ele se foi, agora os palmeirenses cegos não mais destacarão um jogador nível futebol ucraniano, ver palmeirenses se iludirem com Sneijders e Cleitons é um verdadeiro desrespeito à academia mais respeitada e temida da história do futebol, até o rei Pelé a reverenciava e se rendia diante de tamanha arte.
Agora pois nos resta esperar pelo retorno do Mago para reescrevermos o futebol safado, intelectual, mágico, ele é um dos poucos que sobraram no planeta para carregar a 10, pois para ele esse é um fardo capaz de sustentar, mas caso ele não venha já começamos bem em ver Cleitons e Diegos longe do Palmeiras.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Vai deitar!
Por uma questão de disciplina meu irmão caçula escorava sua testa nas grades do portão visualizando a molecada correndo e batendo bola na rua, ele foi submetido a prisão domiciliar por indisciplina na escola.
Ao visualizar o tamanho do pranto de meu irmão por não poder brincar com as outras crianças, pus-me em seu lugar e imaginei-me caso fosse proibido de algo ou censurado por um poder maior.
Houvessem leis que proibissem-me de tocar minha harmônica e de compor meus carnavais, certamente seria um criminoso fora da lei.
Houvesse um Deus que proibisse o jogo de futebol, não podendo assim prestigiar o alviverde ou de bater uma pelada, certamente eu seria um blasfemo.
Houvessem oligarquias que ditassem hierarquias racias certamente eu seria perseguido.
Pais que censurassem escolhas, seria um filho pródigo.
A verdade é que houveram muitos líderes exilados, mártires, rebeldes, revolucionários que foram vítimas de ameaças, chantagens, agressões, personalidades que tiveram suas vontades suprimidas por uma força maior, impedidos no seu livre arbítrio, não sei ao certo o que é ter uma expressão suprimida, nem tão pouco passei vontade por proibissão externa, mas o semblante do meu irmão representou bem a dor de conter o desejo sufocado por uma força maior.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Login
Aos opositores do termo “mídia”, aos militantes que se opõem à mídia “alienadora” e sensacionalista, sugiro que revejam o conceito de mídia, afinal mídia abrange definições que qualifica todo e quaisquer veículo de comunicação bem difuso e não apenas as grandes emissoras de televisão, partindo dessa premissa , vale destacar que a principal grande mídia dos dias atuais, que pode ser chamada também de mídia do futuro, trará condições de onipotência para todos os seres de baixo do sol; quando digo grande mídia me refiro à internet e suas fantásticas ferramentas, hoje, quaisquer indivíduo pode se gabar de deter de primoroso poder de mídia similar ao das grandes redes de televisão, as poderosas rádios difusoras de décadas atrás sucumbiram diante de micro rádios em quartos de adolescentes que exibem seus programas aos cinco continentes, o mercado artístico ampliou-se graças a compactação do mundo através da internet, esse fenômeno permite aos que estão antenados à essa realidade concretizar valores e projetos de infinitas possibilidades, do áudio visual à arte plástica, de poemas de amor ao mercado negro da pedofilia, do comércio de galinhas em granjas a dispositivos eletrônicos, em outras palavras, a internet é uma dádiva que veio pra igualar condições , e credito à ela a positiva perspectiva que tenho para meus tantos projetos de cunho artístico, cultural e social ministrados através da música.
Ao conceber esse ponto de vista, imagino quais sejam as alternativas de adaptações da mídia convencional a fim de acompanhar o avanço da grande mídia, vale exemplificar que as tele-novelas por uma questão de tempo extinguiram com as rádio-novelas , suponho que a adequação das redes televisivas se fazem emergentes por conta do atual cenário digital que globalizou e ferveu com interesses do grandioso mercado capitalista.
O programa Login transmitido pela TV Cultura de sengunda à sexta-feira às 19h mostra a necessidade de veículos de comunicação em aderir as concessões da web, um programa que já está antenado e atendendo a essa modernidade indispensável, compartilha de curiosidades exibidas na rede e dá boas dicas de entretenimento cultural, traz também dicas de ferramentas super interessantes e suas inúmeras funções dentro de diversos sites, um programa de utilidade pública e conscientizador, dispõe de informações educativas que atinge todas faixa etárias, esse agradável programa em breve se popularizará em toda juventude brasileira.
Login é apresentado pelo belo, carismático e excelente apresentador Fábio Azevedo, ele conduz o programa de modo receptivo e descontraído, posicionando-se sempre em interagir com os tele expectadores, entretanto, quero destacar a estratégia apelativa da produção do Login, a produção com enorme astúcia a fim de hipnotizar e render os expectadores suscetíveis ao poder da beleza feminina, colocou a doce menina Youssef para protagonizar, ela de modo pueril prende os expectadores e garante a presença desses até o fim do programa, Roberta Youssef munida de um visual cativante nos conforta com seu agradável timbre de voz e de maneira injusta nos impede de trocar de canal, pois inexplicavelmente não conseguimos deixar de contemplar a espontaneidade de seu belo sorriso.
É comum em programas de TV utilizarem de belas moças objetivando atingir o topo da audiência através da beleza feminina, no caso do Login não poderia ser diferente, saliento porém, que essa abordagem através da nobre Robertinha foi o exemplo extraordinário desse referido apelo, pois não há apresentadora, panicat, dançarina ou paquita que consiga ofuscar a composição geral do poder estético de Roberta Youssef.
Grato à produção pelo belo Programa.
Assinar:
Postagens (Atom)