O reef principal de “all your Love” interpretado por Rafael Saluotto foi o ponto máximo do frenesi na minha condição de expectador, reef cortante, me fez descer 300ml de alambique goela a baixo em meio segundo, olhei pro lado e vi meu irmão em passos de samba rock tragando o pescoço da bela afortunada (essa sim estava em pleno frenesi), olhei pra esquerda e percebi que o espírito lascivo havia dominado a garagem de minha casa, a grande maioria estava com os lábios ocupados, todos movidos pelo ímpeto do slowblues, movidos pela classe de Rafael e o feeling da double trouble Blau and Raldo.
O bom anfitrião cadencia o tempo de modo hábil, atende a todos, sem acepções, mas eram tantos bons rapazes, tantas belas meninas, por eu ser só um me deparei com um agradável árduo trabalho, com isso, para atenuar minha sobrecarga me esquivei de todos e me infiltrei no bento palco sob a benção do trio cortante e trouxe todos a mim através do potente shuffle em MI, os introduzi na sagrada cama do blues em LÁ maior, a conseqüência de tudo isso foi libertadora, libertadora para todos, não ousarei falar dessa libertação, ela é individual, cada um com suas razões, percebi isso por detrás do pedestal.
Foi uma visão futurista, profética, os próximos dias serão férteis.
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