segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vamos ao Jazz


Em discórdia com a estrutura do tempo, na má relação com o sagrado, mas porém, em concordância com minha sacrossanta mãe, mulher sábia que não se entedia com o lento e nem se enpanta com o veloz, sabia mulher mostrou-se feliz por minhas conquistas, mostrou-se solidária ao ver minha contemplação da consciência esclarecedora, fez-se confortante para atenuar a tragédia do desengano, com a queda da ilusão surge a reveladora razão que traz consigo cruéis respostas e que todavia, contribui com o fortalecimento do maldito ego, mas que também otimiza o uso da moderação, moderação que se opõe ao excesso passional, ilusória paixão que cega e sem visão surgem inúmeras lesões derivadas de sucessivas quedas e portanto a dor, pro bem a razão desvenda os olhos e ilumina os caminhos, pro mal, a razão desvenda os olhos e ilumina os caminhos revelando os monstros antes ocultos pela escuridão, monstros hostis que nos recepcionam com nãos, monstros desprovidos de gentileza e intensamente assombrosos em seus rugidos intraduzíveis, eles agem no que compraz, por instinto não se comunicam com palavras cordiais, se comunicam com lágrimas de sangue.

Vale dizer, quer sejam cegos lúdicos ou visionários céticos, seres gentis ou seres hostis, quer sejam animais domésticos ou selvagens, a eles fora dado a livre escolha, ou melhor, lhes fora imposto “escolhas” já determinadas, foi concedido o livre arbítrio mas esconderam a liberdade, pois na liberdade se é possível criar as próprias possibilidades, nessa liberdade que encontrei caída por aí desenvolvi alguns prováveis caminhos, alguns tantos lugares, as possibilidades eram tantas que ao ficar na dúvida pedi à minha mãe que decidisse por mim e apesar d’eu carregar uma pesada barba negra, ela ainda diz ser capaz de decidir por mim, então que ela decida e me prive da angustiante dúvida.

Ela decidiu e determinou que eu fosse ao Jazz, obediente como sou, irei, irei ao Jazz.

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