terça-feira, 13 de julho de 2010
Vai deitar!
Por uma questão de disciplina meu irmão caçula escorava sua testa nas grades do portão visualizando a molecada correndo e batendo bola na rua, ele foi submetido a prisão domiciliar por indisciplina na escola.
Ao visualizar o tamanho do pranto de meu irmão por não poder brincar com as outras crianças, pus-me em seu lugar e imaginei-me caso fosse proibido de algo ou censurado por um poder maior.
Houvessem leis que proibissem-me de tocar minha harmônica e de compor meus carnavais, certamente seria um criminoso fora da lei.
Houvesse um Deus que proibisse o jogo de futebol, não podendo assim prestigiar o alviverde ou de bater uma pelada, certamente eu seria um blasfemo.
Houvessem oligarquias que ditassem hierarquias racias certamente eu seria perseguido.
Pais que censurassem escolhas, seria um filho pródigo.
A verdade é que houveram muitos líderes exilados, mártires, rebeldes, revolucionários que foram vítimas de ameaças, chantagens, agressões, personalidades que tiveram suas vontades suprimidas por uma força maior, impedidos no seu livre arbítrio, não sei ao certo o que é ter uma expressão suprimida, nem tão pouco passei vontade por proibissão externa, mas o semblante do meu irmão representou bem a dor de conter o desejo sufocado por uma força maior.
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