segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A oculta São Paulo

As razões do meu chauvinismo pela capital paulista e por algumas extensões da grande São Paulo me foi revelada sob a ótica das lentes do fantástico filme de direção de Fernando Meirelles “Blindness”, é a primeira vez que pude apreciar a bela São Paulo numa proporção holliwoodiana, sinceramente, Ensaio Sobre A Cegueira mostrou-me as crônicas ocultas na geografia de nossos edifícios, na arquitetura do nosso relevo bonito por natureza, diria até que muito em breve isso será uma tendência, o Brasil estará em evidência nesse período de preparação pra copa 2014, em virtude disso, o mundo irá se ver em São Paulo, Italianos se identificarão com a Moca, Japoneses se emocionarão com o bairro da Liberdade, pressuponho que não há melhor metrópole no mundo que tenha em si tantos caracteres que atendam a diversidade de requisitos de todos os gêneros possíveis, isso para qualquer segmento artístico.

Em São Paulo se encontra as melhores pessoas do mundo, aqui aprendi a técnica de origami com a mais linda mestiça oriental da América do sul, aqui se joga o melhor futebol de salão do mundo, ou pra quem preferir futsal, o nosso maldito trânsito configurado por loucos nos ensina métodos de pilotos de fuga, é o único lugar do mundo onde se pode usufruir de todas as estações do ano em um único dia, temos o CEAGESP, um prato cheio pra quem gosta de alface, tomate e peixe fresco, nossas pizzas são mais apimentadas do que as de Veneza, daqui saiu Adoniran, aqui estão os principais artistas retirantes do belo nordeste brasileiro.

Por tudo isso, lamento a não liberação das canções da banda Led Zeppelin para trilhas sonoras, os arranjos compostos por Jimmy Page são verdadeiras trilhas para filmes de todos os gêneros, vai do místico ao contemporâneo, vai da ação frenética ao romance dramático, as composições do Led Zeppelin são assim como a cidade de São Paulo, nasceram para figurar nas telas de cinema, no entanto, em raras vezes aparecem por lá, essa é uma realidade que me entristece e que me inspira, quando eu concretizar alguns projetos culturais prioritários dentro da música, irei me voltar pra grande São Paulo e fundirei em minhas crônicas de modo sincronizado as canções cantadas por Robert Plant.

Aguardem.

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