terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Corrente alternada / Corrente contínua
Aproximadamente três meses atrás foi confirmada a integração do Brasil na Black Ice tour, notícia que inflou os ânimos dos fãs de AC/DC por toda América do sul, a partir de então, fãs ansiavam pela divulgação da data do show e da abertura das bilheterias, a venda dos ingressos para o tão sonhado show iniciou-se no dia primeiro de outubro, dia em que se esgotaram todos os ingressos, ingressos disputados com unhas e dentes, aos que conseguiram assegurar ingressos para o show ficou a angustiante espera pelo dia vinte e sete de novembro, aos que não conseguiram ficou a frustração e a tristeza por tamanha perda.
Cariocas, mineiros, pernambucanos, curitibanos, gente de todo Brasil e alguns amigos do MERCOSUL, partiram na véspera desse grandioso evento que contemplaria uma das maiores banda de rock and roll de todos os tempos, partiram rumo ao Panetone mais famoso de São Paulo onde seria realizado esse show histórico na maior metrópole da América do sul.
A mística de prestigiar o Power trio composto por Malcolm Young, Cliff Williams, Phil Rudd e contemplar a double trouble, Angus Young e Brian Johnson consumia e guiava a gigantesca fila de espera para o show, AC/DC reúne fãs com facetas incomuns, em sua maioria verdadeiros amantes da música, nessa árdua agradável longa espera ocorreu episódios dignos da peculiaridade da situação, curitibanos dizendo que o coxa é o maior time do Brasil com alegações ilógicas e nada convincentes, gaúchos gremistas e colorados debatendo com saopaulinos em seu pleno lar quem é o time mais simpático do Brasil, cariocas apreciando o saboroso cachorro quente paulistano, pernambucanos vítimas de escárnio público por não disporem de ultraje “ao rigor do show”, havia até um polonês que chorava em alemão a morte de seu lindo cão, argentinas de linguajar castelhano que sorriam-me em português, cristo também fazia-se presente nessa maratona de espera abençoando os presentes com sua simpatia, o impacto do vai e vem dos fura filas e da necessidade de álcool gelado para se abastecer nessa dura disputa por um lugar privilegiado nas lindas gramas do Morumbi fizeram-me perder minha harmônica preferida, considerem uma perda coletiva, pois através dela seria entoado o ruído do trem de “Rock n' Roll Train”, em suma, por mais dura que tenha sido essa disputa, todos saíram ganhando, pois o show começou ainda na fila através do espetáculo dos diversos personagens presentes, dou destaque a um segurança astuto que enriqueceu-se de modo corrupto ao vender lugares na fila e por sua falta de profissionalismo em causar risos na multidão com piadas desconcertantes e espírito sagaz.
Finalmente abrirão os portões, o brado da galera era ensurdecedor, a equipe de apoio juntamente com a polícia militar perturbava-se ao tentar controlar o descontrole eufórico da multidão, em poucos minutos o panetone estava cheio de amantes de verdadeiro rock and roll (sem querer ofender a RadioHead company), as arquibancadas completamente preenchidas e a imensidão do campo tomada por um público brasileiro digno de aplauso, definitivamente somos a melhor platéia do planeta, restavam apenas quatro horas para o início do grandioso show, nesse curto intervalo de tempo, o céu brasileiro prestou uma nobre homenagem ao público que fora castigado pelo fervoroso sol, ele mandou uma chuva sonora que cadenciava o público que esperava por AC/DC, para amenizar a ansiedade que assolava os expectadores inclusive eu, organizei um campeonato brasileiro de truco, reuni mineiros, paranaenses, cariocas, gaúchos e paulistas para matarem o tempo jogando baralho numa bela confraternização, foi uma medida feliz, pois a saudável rivalidade que criei distante de sintomas chauvinistas distraiu a imensa galera que estava comigo, definitivamente estava armado um perfeito cenário de espera pelos virtuosos velhinhos australianos do AC/DC, tão perfeito que essa jogatina interestadual era trilhada pelo maior guitarrista que a música já produziu, a produção do evento foi extremamente feliz ao fazer-nos esperar por esse grande show ouvindo Buddy Guy, entretanto, havia uma galera de gaúchos que estavam atrás da roda onde acontecia o campeonato de truco, esses gaúchos blasfemavam contra o nome de Buddy Guy, instantaneamente larguei minhas cartas e fui repreendê-los:
- Hello, de que lugar do Brasil os senhores são?
- Somos de Porto Alegre! (Disse um gaúcho com pinta de galã).
- Prazer em conhecê-los, sejam bem-vindos à São Paulo, terra de todos!
- Obrigado! (o coro de três vozes, dois homens e uma linda loura mulher).
Contudo esses três gaúchos tinham em sua companhia uma maravilhosa morena com olhar de fogo, notei que essa moça que estava no clã dos sulistas observava-me atentamente com ligeira cobiça, observei isso e disse:
- Quando vocês voltam para o sul?
- Iremos sábado às 18h. (Disse o outro gaúcho).
- Oh! É uma pena, domingo agora haverá um grande evento de curadoria da Telefônica, (Telefônica Open Jazz) esse festival que será realizado no parque da independência, trará Dianne Reeves uma excepcional cantora de jazz contemporâneo, trará também Buddy Guy, o maior guitarrista que a música já produziu, palavras de Angus Young, guitarrista da nossa amada banda AC/DC.
- Infelizmente não poderemos, o nosso vôo já está agendado para sábado. (estava nítido o lamento nas palavras da linda gaúcha).
Logo em seguida aquela morena que até então apenas observava-me com um lindo sorriso insinuante disse:
- Qual é o seu nome?
- Meu nome é Ronaldo, embora eu prefira que me chamem de Correia, pois meu nome fatalmente foi banalizado pelos alienados amantes de Pânico na TV.
-Te compreendo, prazer em conhecê-lo Correia, meu nome é Bruna! (apertou minha mão acintosamente fisgando-me com a ilusão de sua poderosa técnica ocular).
- Prazer em conhecê-la Bruna, a senhorita me permite repreendê-la?
- Fique a vontade!
- Esse guitarrista que irá se apresentar no Ipiranga no evento da Telefônica é o mesmo guitarrista que você está ouvindo agora, é o mesmo guitarrista que tu desdenhaste agora pouco!
- Não me entenda mal Correia, porém eu não considero esse momento propício para se ouvir blues!
- Você gosta de blues?
- Não muito!
- Oh Baby! Saiba que AC/DC junto com Led Zeppelin são bandas essencialmente blues.
- Não vamos entrar nesses méritos, você mostrou-se bastante simpático, fale mais de você, de onde você é?
- Eu sou natural do estado do Piauí, vim pra são Paulo com três anos de idade, e você de onde é?
- Sou daqui de São Paulo mesmo.
- Logo vi que você não era gaúcha, o seu olhar comunicava-se comigo em dialeto paulista.
- Nossa! Então rapaz, quanto a esse show que acontecerá no parque da independência eu pretendo participar, vamos manter um contato para vermos esse show juntos, assim, no dia desse show você poderá me falar melhor sobre o meu olhar paulista pois falta poucos minutos para começar o show e por mais que eu queira continuar conversando contigo, suponho que o show será mais interessante.
- Sim baby, agora pois irei entrar no clima do show, antes que ele termine pegarei seu telefone para mantermos o contato, o meu celular está na mochila daquele garoto alto de olhos verdes e não estou em condições de decorar seu telefone pelas altas doses de Green Label que ingeri.
- Ok Correia! Espero que me perdoe pelas palavras mal proferidas, não tinha a intenção de blasfemar contra o maior guitarrista do mundo.
- Ganhaste o seu perdão no instante em que olhaste pra mim com enorme graciosidade, sinta-se exclusiva por dispor dessa poderosa arma de sedução.
- Obrigada!
O silêncio instaurou-se no momento em que eu e a maravilhosa bruna conversávamos, enquanto estávamos em perfeita harmonia meu irmão Renato interrompeu-me para dar-me uma antártica sub-zero, no ato dessa interrupção a música de Buddy Guy cessou e as luzes se apagaram, era o anúncio do início do show, nesse instante o brado dos presentes ecoavam por todas as dimensões do universo, posicionei-me para contemplar a fina flor do Rock n’ Roll, quando finalmente o show começou com a animação no telão, a loira linda gaúcha aproximou-se de mim, apoiou-se por detrás do meu ombro com o queixo encostado no meu trapézio e disse abraçando-me por trás:
- Posso assistir o show aqui contigo, juntinhos?
Olhei paro o palco, na sequência olhei para as luzes do palco refletidas nos olhos da bela loira e atendi o gentil pedido, afinal se tratava de uma representante exemplar da nobreza feminina, os olhos dela estavam na mesma altura dos meus, moça alta para os padrões femininos, seus cabelos molhados pela chuva liberavam um aroma fascinante, pensei rapidamente em ceder a linda bruna para meu irmão Renato, todavia, o primeiro acorde de Angus Young derrubou todos que estavam no Morumbi, o frenesi tragou a sanidade de todos presentes, a voracidade do público da pista era tamanha que imediatamente me aproximei do meu irmão para não perdê-lo de vista, estava ciente de que se me afastasse dele não iria encontrá-lo facilmente no meio daquela loucura, quando olhei pra trás a loira e a morena que disputavam-me já não estavam ao alcance de minha vista, fato que não me perturbou, pois estávamos submergidos na tenebrosa força emanada pelo supremo rock ACDICIANO, sentimos na alma a força da corrente alternada e contínua proveniente do vocal de Brian e das baquetas de Phil Rudd, após a quinta música “Dirty Deed’s” eu vi o quão privilegiado eram todos os que testemunhavam esse espetáculo singular, um verdadeiro tributo ao rock, à música e um prêmio impagável aos que pagaram pelo ingresso, essa súbita percepção obrigou-me agradecer ao meu irmão que presenteou-me com esse ingresso, um show enérgico de força sobrenatural capaz de mover o céu e o inferno, o meu gesto de gratidão não foi com palavras, foi com uma ação prática, coloquei-o em meu ombro para melhor visualização do palco, colocava-o em meu ombro quando a banda tocava suas músicas preferidas, não estava em condições físicas para tanto em razão do cansaço adquirido na dura maratona para show, mas utilizei da força que restava em meus mocotós para fazer esse gesto de gratidão, o show progredia com violenta intensidade de comoção, uma comoção mútua entre banda e público, tal evolução castigou o público com o excepcional desfecho, nos deram o duro castigo de saber que esse foi o último show da banda no Brasil e de que a banda está à beira da aposentadoria, uma verdadeira penitência aos fãs que fatalmente viram um glorioso show acabar.
Não obstante a essa célebre experiência de ver AC/DC na sexta-feira, teria também Buddy Guy no domingo, um sério risco de lesão emocional para um amante do Blues, mesmo ciente do perigo que seria o show do mestre Buddy, me atrevi a vê-lo, ouvi-lo, mesmo ainda me recuperando da contusão na alma adquirida na sexta-feira, fui novamente ferido ao presenciar o último brado e sorriso de Buddy Guy no Parque da independência, ele com sua guitarra estendida proclamou a libertação das vinte e cinco mil pessoas que lhe cultuavam nos gramados às margens plácidas do Ipiranga.
Eu Estava ferido de modo mortal, com poucas chances de recuperação, com isso fui em busca da cura perfeita, busquei refúgio na minha harmônica, mesmo medicado por ela ainda permanecia doente pela surra aplicada pelos arranjos talhantes de Malcolm Young e Cliff Williams, detonado pelas fábulas manifestas nos solos de Angus Young e arruinado pela supremacia de Buddy Guy, já sem esperança de recuperar-me por completo surgiu inesperadamente a cura para o meu mal, o alívio sobreveio-me quando ainda estava no Ipiranga, encontrei a cura para minha enfermidade nos movimentos pré-fabricados de uma moça de charme espontâneo, ela notou minha dor e curou-me, utilizou de sua misericórdia e concedeu-me um medicamento natural, para minha sorte a naturalidade do magnetismo atrativo daquela sublime jovem trouxe de volta minha lucidez, já curado e lúcido pude sentir a franqueza de seu semblante envolvente, confirmei a espontaneidade da paz transmitida por essa amável “paraense”, portanto, já que não pude pagar por esse tratamento, irei dedicar o meu blues-carimbó (Boneca de Olinda) à senhorita Sena que amistosamente me guiou ao entendimento da força de AC/DC e ao poder de Buddy Guy, AMÉM!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Não há vencedor sem perdedor.
Houve também Mr. Clapton que abençoou o mundo com uma diversidade de boleros movido pela sua linda loura, ela porém foi expectadora de outros compositores, apreciando peças aborrecíveis distantes de seu esplendor expresso nas bossas de Clapton, Little Walter foi duramente derrotado quando lhe tiraram seu amplificador, Walter Jacobs é o mestre da harmônica detentor de um vocal vibrante, isso requer uma harmônica carregada de drive e vibrante bem como seu vocal, arrancar-lhe o amplificador foi como tirar-lhe a vida, entendam, intentos são traçados, projetos são desenhados, entretanto, não existe previsão de sucesso ou vitória, com isso digo: Vitória aos vencedores e derrota aos fracassados, a cerne de um Palmeirense jamais será idealizada por quaisquer outro amante do futebol que não seja essencialmente palmeirense, portanto meus bons palestrinos, tendem bom ânimo, estais na condição suprema inimaginável por alheios, fomos derrotados por vitoriosos, eles terão a glória que não podemos, parabenizem-nos de pé, o Alviverde com toda sua glória e tamanho verá um time menor feliz ao lado de sua grande conquista. Até a nossa próxima conquista então, até o próximo carnaval.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Canção em vão.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
A veste venêrea.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Não force o tempo alheio.
Sendo assim, eu na condição de Porco, provável penta campeão brasileiro de 2009, não me iludo mais com as pérolas que me são jogadas, afinal a avaliação do meu joalheiro diagnosticou que esses diamantes que me foram jogados na verdade não passam de bijuterias baratas, as verdadeiras jóias estão guardadas cuidadosamente para o lindo carrasco das doces madrugadas, portanto, para honrar o contrato social que assinei no dia em que minha mãe deu a luz, eu permito que os tolos permaneçam a me copiar e me retiro do caminho selvagem que leva ao frenesi e a conquista de sonhos, permanecerei na estrada da hipocrisia onde confronto-me com a dissolução do blues. É meu povo, the Blues follows me.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Bendita customização!
- As cinco primeiras palhetas estão prontas para o seu brado no palco, toque como nunca para a nobre big mama.
- Ok, thank’s devil!
Ele sumiu.
Na seqüência, eu a inaugurei com, “I can’t be satisfied”.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Planeta azul, Planeta Blues.
- Olá senhores, digam-me, o que move e qual é a técnica utilizada para a execução desse som maravilhoso? Essa frequência sonora que vocês manifestaram através desses instrumentos é extremamente marcante, envolvente, produz estranhos movimentos no corpo, gera uma inquietação nos órgãos internos, quero saber de onde vem esse poder, por favor, digam-me!
- Garoto, acalme-se, recupere seu fôlego, lhe ensinarei qual é a fonte da nossa inspiração, lhe direi de onde vem essa técnica, a origem dessa poderosa transmissão musical não é mérito nosso, não é mérito meu, toda expressão que testemunhaste naquele palco, todo feeling que sentiste nessa bela noite, os maravilhosos arranjos que contemplaste hoje são frutos da ação de uma mulher, são provenientes do efeito que essa doce moça me causou, é a interpretação e liberação do sentimento através da música, respeite esse conceito, guarde essas palavras que vos digo e você aprenderá a essência dessa citada frequência sonora.
- Obrigado pelo ensinamento senhor!
Eu sai daquela sala em busca dessa referida mulher, fui atrás dela para que ela me concedesse essa receita e me ensinasse sobre a música, fiz uma breve leitura da situação e meu sensor apontou a localização dessa moça, quando cheguei em seu lar bucólico e me deparei com a pureza de sua beleza compreendi as palavras daquele homem, aquele músico revelou-me a fonte de sua força, fui reduzido diante do olhar daquela moça, perdi minhas forças e não me atrevi, recuei e entendi que minha espécie não seria capaz de confrontar com a soberania daquela Mulher, teletransportei-me para minha nave e voltei ao meu planeta, quando eu atingir um nível de evolução equivalente irei ao encontro dessa mulher para aprender sobre ela e a música.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Garrafa na locomotiva
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
A vitrola escarlate de Armélie.
A citada genialidade musical diverge à idéia preconceituosa de um determinado professor de música que suprimiu o desejo musical de um grupo de meninas, ele alegava que o ser feminino não dispunha das mesmas aptidões e facilidade de aprendizado que o homem, ele dizia que para mulher desenvolver bem as habilidades em algum instrumento musical seria necessário dedicar-se arduamente, pois as mulheres não nasceram para tocar, não dispõem de talento nato para tornarem-se boas instrumentistas, esse conceito imposto por esse professor entristeceu Armélie em sua fase infantil, Armélie era uma criança que adorava tocar violino, mas desistiu do sonho de se tornar uma grande violinista em razão da supressão que seu professor lhe causou. Dez anos depois, mesmo desistindo de seu instrumento, Armélie não abandonou a música, frequentava pubs de jazz, garimpava sobre a música brasileira e era intimamente ligada à ela.
Armélie estava sentada distraída ouvindo seu Ipod num banco de esquina situado na região central de sua cidade esperando um táxi, nesse intervalo de tempo Raimundo um guitarrista de jazz aproximou-se dela e perguntou onde ela morava, como eles moravam na mesma região ele propôs à ela que dividissem o valor da corrida do táxi, Armélie não sentiu-se acuada com a abordagem do nobre homem e aceitou a proposta, sentiu-se atraída pela abordagem envolvente do gracioso rapaz, no táxi a sintonia e a convergência entre Raimundo e Armélie inspirou a bela moça a convidar Raimundo para jantar em sua casa, Raimundo não hesitou e aceitou o amigável convite, quando Raimundo entrou na casa de Armélie ele admirou-se com a decoração da casa, era enfeitada por vinis distribuídos pelas paredes e tetos, com recortes de jornais referentes a música e composta por plantas ornamentais, Raimundo sentiu-se acolhido por aquele lar, enquanto ele vasculhava a coleção de vinis de Armélie, ela preparava o jantar, Raimundo encontrou nessa discografia raridades do jazz, desde Billie Hollyday a Armstorng, de Chet Baker a Miles Davis, quando ele dirigiu-se à cozinha para saudar e parabenizar a linda moça por seus valores musicais, ela posicionou a agulha de sua vitrola na canção número cinco do primeiro álbum de "Clarence Gatemouth Brown", Gatemouth foi o único grande violinista de Blues, ele imperava com seu violino no ombro, aquela trilha sonora devorou todo ambiente, a muito tempo Raimundo não cultivava esse jazz-blues-fusion, os acordes dos naipes de metais e a linha melódica do violino de Gatemouth climatizaram aquele lugar e arremessaram Armélie nos braços de Raimundo, eles eram levados pelo rabecão percussivo e cadenciados pela rabeca de Mr Gate, eles seguiram a condução rítmica dançando institivamente e de modo lascivo, entregaram-se a volúpia paixão promovida pelo poderoso Jazz, cessaram apenas quando deram-se conta de que as panelas estavam em chamas, o jantar estava queimado por conta dessa agradável distração, eles foram obrigados a apelarem ao disk pizza, foi uma noite essencialmente calcada no jazz e alimentada pela grande harmonia entre Armélie e Raimundo, a vitrola de Armélie nunca havia testemunhado um clima tão impetuoso, passou a noite executando valiosos discos que orquestravam esse clamor aos céus, nessa bela interação Armélie disse a Raimundo da sua frustração por não ter seguido com o violino, falou de sua desistência promovida pelas duras palavras de seu antigo professor, na semana seguinte Raimundo teria uma apresentação no mais famoso pub de jazz da região oeste, convidou Armélie para fazer um dueto de "Song for Renee" de Gatemouth na noite de seu show, Armélie pensou em recusar o convite, mas aceitou para não prevalecerem as palavras de seu antigo professor, mesmo a muitos anos sem sequer tocar em seu violino ela aceitou o desafio confiantemente, ela estava nos braços de Raimundo e isso lhe deu segurança para aceitar esse encargo que estava por vir.
Armélie, passou a semana que antecedeu o show praticando e ensaiando "Song for Renee", desenvolveu muito bem, todavia estava temerosa pois nunca havia tocado para um público tão expressivo, no dia do show ela pensou em desistir, mas a presença de Raimundo transmitiu segurança à bela moça, quando finalmente ela subiu no palco, de modo genial ela ofuscou o experiente Raimundo com seus perfeitos solos, mostrou seu oculto talento que outrora fora suprimido por palavras vãs, exibiu a essência e genialidade musical que sempre esteve consigo, demonstrou grande habilidade para homem nenhum botar defeito, no final da noite em plena efusão com Mr Raimundo, Armélie prometeu a ele que iria retomar a prática de instrumentista, abençoar os ouvintes do jazz e contribuir para a difusão desse grandioso som.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Eu não tenho tempo.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
River of tears
Esperando nesse lugar, onde a luz do sol nunca brilha, te esperando aqui onde as sombras fogem de si, esse sorriso trakina foi a razão de eu esperar por tanto tempo, eu perdi o caminho de casa, você não consegue lembrar do meu nome, ninguém tem as chaves da libertação, vamos voltar para casa, não sei se aponto para o norte ou para o sul, algum dia você estranha e tardiamente irá se lembrar, o Espírito disse às nossas almas que certos lugares são inacessíveis, minha cética e teimosa alma negou-se a crer, sua crédula e alma boba acreditou e se distanciou, o Espírito ordenou ao Tormento que se oposse em meu caminho, estávamos em frequentes combates, o Espírito lhe concedeu falso conforto através dos pobres de alma, aqueles lugares proibidos traziam consigo mistérios e segredos milenares, esses segredos ocultos conquistados após a derrota do Tormento deram-me a receita e ensinaram-me a matar o Espírito que doma o seu manso coração, eu o matei, agora estou num novo cenário sombrio onde o antagonista é o poderoso sucessor do Espírito, "o Distância", o Distância é um astuto demônio que derrotou diversos guerreiros mitológicos, ele venceu Poseidon manipulando a Deusa ateniense, agora ele quer vencer-me para vingar a morte do seu mestre Espírito, mas a minha força oculta e minha arma mais poderosa está aí contigo, você está numa outra estação, contemplando o céu os céus e o inferno e eu aqui do outro lado curando-me das chagas que adquiri no duro combate com o Distância, estou escondido para que as feridas que adquiri nesse combate se cicatrizem, e para quem esperava um final feliz, caiam em pranto, pois o Distância me encontrou, me rendi e um golpe mortal foi desferido, o Distância fardava uma armadura forjada de prata e carvão, em sua cabeça um elmo dourado, era um cavalheiro de baixa estatura e pele alva, enquanto eu agonizava esperando a morte chegar, esse guerreiro retirou seu elmo balançando seus lisos cabelos revelando ser uma bela mulher:
- Lhe darei o golpe de misericórdia, eu mulher sou seu ponto fraco, receba o "cólera da libertação".
Desferiu com sua espada enferrujada um profundo golpe no meu pulmão, o sangue não jorrou para fora, afogou os meus órgãos internos enquanto a doce Distância chorava um rio de lágrimas por minha dolorosa e lenta morte.
domingo, 16 de agosto de 2009
Seres divinos não pecam
Crer naquilo que não se pode ver caracteriza a fé, fé é a adesão absoluta à um crença espiritual é a crença incontestável ao sobrenatural, certa metáfora bíblica classifica como bem-aventurado aqueles que acreditam em algo sem comprovação evidente, isso é a fé, algo que transpassa o empirismo humano, o injustificável, desprendido de análises científicas.
Episódios recentes alienaram-me, ensinaram-me a crer no sobre natural de modo absoluto, logo eu que sempre respeitei a essência implícita daquilo que não foi revelado, eu que não faço julgamento daquilo que foge da natureza humana, livre de intuições e apegos religiosos, o primeiro episódio que evidenciou a existência de fatos que estão fora das leis naturais foi a explosão das pupilas do Mr Tuco ao ver de sua bateria Jimmy Page revelado na Les Paul de Nivas Guerra, Tuco em seu banquinho diante de seus pratos testemunhou a aparição de um ser inexistente no plano terrestre que era concebido pela presente guitarra, os bends representavam os gritos da feliz dor do parto, eu estava lá naquele estúdio sombrio situado nos confins da margem do Cocitos e vi o nascimento do filho de Maria Raimunda, aquela criança que saiu da vibração contundente das seis cordas umbilicais impulsionou a gana eufórica de Mr Tuco, enquanto o Nivas tocava sua Maria Raimunda com acordes e trinados insinuantes, Tuco George cadenciava de modo agressivo a regência percussiva, provocando com seu bumbo plástico a sensação de frenesi absoluto no poderoso rock zeppeliano, no fim de tudo isso a calmaria baixou no compacto ambiente e comprovou a existência de fatos sobre naturais.
Outro fato sobre natural foi a mística magia noturna presente em uma mulher que é perseguida pelos invejosos inquisidores que a condenam por sustentar a suposta heresia de ser um ser dos anjos, os inquisidores em reunião no concílio objetivavam caçar essa bela bruxa, discutiam sobre os atos dessa mulher que emana divindade, apenas 2% dos presentes nessa assembléia absolveram a doce bruxa, portanto, ela foi convocada para julgamento a fim de prestar conta de seus dizeres hereges, caso ela fosse condenada teria a severa sentença de ser queimada em praça pública diante de seus seguidores e admiradores, os amantes da eminente beleza angelical iriam chorar essa perda irreparável.
No dia do julgamento, Ela compareceu no tribunal exibindo a plenitude de sua divindade, a promotora que iria conduzir as acusações à gloriosa moça estava excessivamente ansiosa e tomada por um sentimento de fúria, queria provar a todos a falsidade nos dizeres da famosa bruxa, ela iniciou as acusações tomada por um forte ódio:
- Com que autoridade e em nome de quem você proclama por todos os cantos sua suposta divindade?
A promotora iniciou o processo de acusação de modo sutil, pretendia deixar pro final os argumentos agressivos, entretanto, a autenticidade dos poderes da bruxa dos anjos calou a perseguição de todos os inquisidores presentes:
- Eu venho em meu nome, tenho a autoridade dos anjos, vocês creem na verdade e de modo silencioso desconhecem a essência do que viria ser a mentira, vocês creem na cronologia e no calendário ocidental, mas jamais se perguntaram o que é o tempo, vocês dizem que toda ação gera reação, mas não sabem o que é causa ou efeito, vocês constituem famílias, alimentam sentimentos passionais, mas jamais perguntaram o que é o amor, você nobre mulher, que me questiona e me condena pelas maravilhas dos meus dizeres não consegue ver a trave que está cravada em seu busto, você religiosa me persegue pelo bem que faço ao meu próximo e não vê o mal que te rodeia, assenta-se à roda dos escarnecedores submetendo-se a agressões físicas, vocês todos presentes nesse tribunal alimentam a hipocrisia de canalizarem suas fragilidades para seres fortes, vocês transferem a terceiros a responsabilidade de errarem o alvo, portanto minha gente eu voz digo, dentro da lei de vocês eu já estou absolvida dessa maldita sentença, pois olhem bem pra mim, vejam a beleza manifesta nessa carne que estou encarnada e saibam que os seres divinos não pecam, portanto retiro-me desse tribunal terrestre e irei de encontro aos meus.
Ela levantou-se calmamente, todos presentes ouviam calados, dissolveram-se com as palavras da doce moça, o seu poder divino paralisou os presentes, presentes esses que apenas assistiram ela saindo daquele ambiente acompanhada de si mesmo e de sua inerente glória, após sua saída todos os que presenciaram tal episódio retornaram a si maravilhados com tamanha preeminência, nesse dia vi a ação divina de um ser, não posso mais ser chamado de cético, pois vi o sobrenatural.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
O estranho reconhecimento
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Eu amo esse camarada
Que todos me perdoem e podem me considerar um blasfemo por referir-me a Ele, a Buddy Guy, o melhor guitarrista dos universos paralelos.
Homem de guitarra preponderante e arrogante, virtuosismo incalculável, há eternidade na sustentação de seus bends, tênue, explosivo na progressão mentirosamente ascendente que decai em sentimento verbalizado na sua preta de bolinhas. um guitar player que ensina a essência do ser amante no palco que o revela, que mostra e se mostra, um monstro, devora o tempo em ação; ação de um vocal tenebroso, esse cabra é bom, cabra da peste, misericordioso e fraterno para com seu público, Buddy Generoso. Pilantra, tem sempre uma carta na manga, confiem em Buddy Guy.
No show chega e não tem hora pra parar, se lhe recair a palavra e lhe sobrevir o clamor, ele lá estará entoando o lamento, estará vibrando, ecoa a comemoração sem saber que o fim está próximo, Buddy não é cronológico, ouve o ruído do relógio de areia e o observa.
Aparição impactante, aparições impactantes, é necessário ser político e respeitar as palavras que saem de sua guitarra, pois se elas caírem no esquecimento e forem desrespeitadas com palavras torpes, Buddy Guy aparecerá como um ladrão da noite e surpreenderá a todos, aparecerá diante da black sweety little angel acompanhada de seu demônio.
Buddy Guy eu vi, o xero viu o seu cheiro, Buddy we love you.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
A big-legged woman ain't got no soul.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Caminhos de uma motocicleta sem setas.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Eu a chamo de menina
Uma amiga disse-me que as grandes composições poéticas e as grandiosas canções são referências à mulher, é a prova da causa e efeito que as mulheres submetem os homens, isso no blues pode ser posto num sentido literal (verdadeiramente um bluesman não pensa em nada que não vá levar à elas).
Um amigo meu artista plástico, autor, ator, figurinista, não conhecia grandes nomes do blues, em função disso eu o apresentei grandes músicos como Robert Johnson, Muddy Waters, Sonny Boy Williamson, Jonh Lee Hoocker, Son House dentre outros mestres, em uma semana ele disse-me: "Meu caro, afaste-me disso que você chama de blues ou eu irei me tornar um verdadeiro heterossexual, amante incondicional do ser feminino, que letras maravilhosas e extremamente - surpreendentemente bem feitas em sua construção, quisera eu entender o poder que essas mulheres exercem sobre vocês homens do blues, definitivamente tenho que creditar à elas o mérito dessas maravilhosas composições".
Eu compus um blues para uma moça e essa canção está em plena difusão no nosso meio, e esses conceitos me veio à memória por ter me encontrado com ela ontem e entender através de seus olhos os porquês que me inspiraram a criar essa grandiosa música, entendi o poder que uma moça especial pode causar no lado artísitco de um jazzeiro, conforme é dito no meio dos diplomatas do blues: "precisamos delas em nossas canções", por mais que as letras agreguem valores políticos ou manifestantes, saibam que sempre há uma mulher por trás que move a revolução do compositor do blues.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Criança vingativa
Não busque a desforra através de um ser alheio aos seus desvarios, busque sim naquele que te entortou, vingue-se sim, mas não vitime o inocente em troca de satisfação vingativa, afinal no final tudo volta a ser como era, mesmo com a vingança instituída a insolência passiva é retomada e maquiada pela inexplicável obsessão mútua de ambos personagens, personagens compostos por igualdades, eles são iguais em seus vergonhosos desejos implícitos, eles gritam internamente e mostram-se incapazes de se desprenderem pela eminente compatibilidade, magoam-se desnecessariamente pois a quentura da paixão resfria-se pelos ventos novos que sopram em seus novos e curiosos semblantes, em sumo crescimento deslumbram-se e machucam petulantemente os seus verdadeiros parceiros, escondem, mas, mostram que o amor está alí revelado na tolerância dos pecados cometidos entre si, sempre se perdoando em respeito à bela infância vivida juntos, carregada de risos e configurada por desrepeito que é humanamente compreensível e naturalmente condenado, o valor de tudo isso está na liberdade arbitrária que é judicial e divinamente lícita, então para nós que estamos de fora eles nos dizem "malmequer", eles se aquecem nesse inverno e que tudo mais vá para o inferno, principalmente aquele que fora vítima dessa linda vingança urbana.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
She shook me all night long!
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Janelas de Adeus
sábado, 9 de maio de 2009
33 horas de olhos abertos ( The Vision never die )
Altas doses de um bom e velho bourbon, fizeram-me desviar de rota assim que saí do centro cultural Fiesp av Paulista, o relógio marcava 22h, eu deveria voltar pra casa para passar as músicas que seriam executadas no ensaio do dia seguinte, ensaio que começaria as 7h e sem horário para terminar, eu porém movido pelo estado etílico aproveitei o ensejo para rever alguns amigos da noite que trabalham na região do Paraíso, e nessa longa interação lembrei-me repentinamente de uma moça que foi um dos meus grandes affair, bela mulher e grande amiga, eu havia lhe suprimido de minhas lembranças por estarmos em pólos distintos, embora fôssemos extremamente compatíveis, seguimos estradas diferentes; eu estava a poucos metros de sua residência no bairro do Paraíso, celular descarregado, comprei um cartão telefônico, porém cético quanto a sua presença em casa, afinal era uma agradável sexta-feira noturna , eram 23h, ela deveria estar saindo da faculdade rumo aos botecos da noite paulistana, porém ignorei minha presunção e liguei em seu celular:
-Hello Baby!
-Quem fala?
-É o seu mestre, onde você está?
-Nossa! A quanto tempo Ronald, eu estou em casa, de pijama, pronta para dormir.
-Estava com saudades desse seu "Ronald", tire esse pijama, coloque uma roupa bem sensual, que eu passarei em sua casa para tomarmos várias tequilas lá na rua Vergueiro, naquele bar onde eu e você costumávamos interagir de modo maligno para com os frágeis...
-Sim claro, naquele bar onde você me fez passar tanta vergonha, bons tempos! Porém, não poderei estender muito, terei aula de inglês amanhã as 7h.
-Se liga mulé, eu também tenho compromisso amanhã, 7h, esse sim é um compromisso inadiável e se o caso for e certamente será, você vai direto pra aula fedendo a cigarro e eu pro ensaio bêbado, afinal tocar embriagado é mais produtivo.
-Então tá, estou te esperando.
-Tô chegando.
O clima romântico proposto pelo cenário da região de sua casa, sugeriu que fôssemos a pé de sua casa até o bar, não obstante a dificuldade de estacionar na rua Vergueiro; seguimos rumo ao bar como um par harmônico, ela entrelaçava o seu braço entre o meu, temerosa no trecho deserto e sombrio de sua rua, contudo, o meu olhar hostil, minha barba consistente e negra somados com o meu sobretudo verde repeliam os assaltantes em potencial, a mocinha de beleza oriental estava em absoluta proteção e repousava em meus braços tranquilamente.
Um reencontro marcante, visto que ambos sofreram transformações notórias, os seus lisos cabelos curtos e tingidos cresceram e assumiram seu tom original, seu corpinho frágil surpreendentemente adquiriu vultosidade distribuída que gerava cobiça e atração física, eu 5 quilos mais pesado, absolutamente careca e barbudo o que também produzia uma extravagância atrativa. As mudanças não permaneceram nos valores estéticos, ela em sua nova área profissional adquiriu grande crescimento intelectual o que lhe propiciou uma visível evolução em seu comportamento, portanto, a sintonia que havia entre nós multiplicou-se consideravelmente.
Conforme o previsto, o temas e conspirações eram tantos que as inúmeras garrafas de cerveja não foram suficientes para ampliar o nosso humor, logo, apelamos para as diminutas doses de tequila acompanhadas de uísque irlandês, e nesse ritmo de estrago, nós expomos os amores mal vividos no decorrer desse longo tempo em que não nos víamos, e sintaticamente chegamos no consenso de que a flora está à nossa disposição com sua fauna abrangente e de que somos dois animais irracionais que gostam do estrago, por isso, procedemos de tal maneira.
No final dessa bela interação, que infelizmente fora interrompida em virtude dos nossos compromissos, afinal já era 6h e ambos tínhamos obrigações inadiáveis, eu a conduzi até sua casa, guiado pela luz da lua que se despedia para a entrada da luz do sol, nos despedimos com ar de "quero bis" episódio que certamente será repetido inúmeras vezes.
Do Paraíso direto para a Vila Yara, lugar do estúdio de gravação, todos os membros da banda esbanjando empolgação e disposição, curiosamente eu estava com vigor superior ao de todos, a adrenalina promovida pela dócil mestiça foi o combustível para eu aguentar altas horas de ensaio regado de muita cerveja e shuffles virulentos.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
37 horas de olhos abertos ( A visão nunca Morre )
sábado, 25 de abril de 2009
Boca, queima feito fogo
Nesse duelo sangrenta são as batalhas, a diversidade de atributos estéticos é infinda, cada integrante dessa guerra dispõe de suas armas peculiares. Em guerras entre nações, a nação que dispõe de melhor recurso militar sempre vence, já nesse combate da soberba feminina a pequena menina de boca bordada tem em mãos a "bomba atômica" para acabar com essa batalha milenar, uma boca que queima feito fogo