sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Não force o tempo alheio.

Não cabe desenvolver leis que visam punir os que tentam roubar minha identidade, eles não roubam o meu show, roubam o meu nome, e até o sujam de modo banal, mas os perdôo, afinal eles deveriam escolher outro mais talentoso para se assemelharem ou copiar, entretanto, mesmo vos concedendo o meu perdão, não busquem em mim refúgio ou consolo, busca proveniente da falta de criatividade e sagacidade de espírito, tentem por si só se achegarem às minhas práticas, aos meus hábitos, mas se forem fazê-lo façam de modo nobre para que não confundam os maus interpretadores, por favor, poupem os meus jargões intimidadores, ao menos se privem de utilizarem meus decretos, é lúcido dizer que forçar o espírito é como encaixar um dromedário no fundo de uma agulha, a sanidade sugere a cada componente do organismo em funcionamento a ter a incumbência de desempenhar sua função adequada às suas características, poderia acaso um par de olhos inalar o aroma do campo? Ou os ouvidos saborearem um sorvete de baunilha recheado de granulado? Pois bem, não há mais razões para inibir a ação dos ínvidos, antes digo, deleitem-se no reflexo de um pobre bluesman analfabeto que carrega um fardo pesadíssimo revelado em sua face barbada, maculem-se naquele que se absteve de sua onipresença perseguidora, por ter perdido a fé e a coragem, afinal, este alforriou o tempo que não lhe fora concedido, permitindo assim que os privilegiados cultivem os seus méritos conquistados, em resumo, a verdade supostamente manifesta aqui diz que as grandes parcerias calham da afinidade que flui essencialmente, portanto, não tentem se encaixarem onde não são bem-vindos, pois a plenitude de um comprometimento ou pacto é algo que a razão dificilmente justificaria.

Sendo assim, eu na condição de Porco, provável penta campeão brasileiro de 2009, não me iludo mais com as pérolas que me são jogadas, afinal a avaliação do meu joalheiro diagnosticou que esses diamantes que me foram jogados na verdade não passam de bijuterias baratas, as verdadeiras jóias estão guardadas cuidadosamente para o lindo carrasco das doces madrugadas, portanto, para honrar o contrato social que assinei no dia em que minha mãe deu a luz, eu permito que os tolos permaneçam a me copiar e me retiro do caminho selvagem que leva ao frenesi e a conquista de sonhos, permanecerei na estrada da hipocrisia onde confronto-me com a dissolução do blues. É meu povo, the Blues follows me.

5 comentários:

  1. me espantei com a eloquência, contextualização e harmonia dos jargões e palavras incomuns usadas no texto sobre o tronco da ideia.. bem escrito até a parte onde aparece o futebol!

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  2. É... de fato a falta de personalidade leva as pessoas a copiarem os que são superiores na cadeia! O pior é carregar estes de forma sociável... Realmente um saco!

    E viva o Atlético Mineiro!!!

    Saudações sóbrias da ex-escrava... Dna Vê

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  3. Drad você sabe quais são as alusões referidas nessa contextualização.

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  4. Verônica, tenho grandes boas referências e influências, mas acredite eu não sou eles.

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