quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sorriso de Elis.


Mckinley Morganfield diante de Faraó teria negociado a libertação dos judeus com eficiência diplomática superior a de Moisés o príncipe do Egito, a petição de Mckinley seria calcada na misericórdia, de alguma maneira ele teria conquistado a liberdade do povo judeu sem a necessidade das dez pragas, aquilo foi um exagero, rios convertidos em sangue, tempestade de gafanhotos, chuvas em chamas ácidas, chagas flamejantes, um verdadeiro genocídio.

Se concebermos grandes fenômenos de tragédia histórica perceberemos a limitação argumentativa de grandes governantes da história, se trata de seres de visão arbitrária e estreita, podemos citar como exemplo Nabucodonosor imperador do período babilônico, esse é um modelo clássico de incapacidade argumentativa, incapaz de refletir sob um tema que foge de sua órbita de governo, Daniel, Sadraque, Mesaque e Abedenego não seriam lançados na fornalha não fosse o imponente ego do imperador babilônico, mencionar exemplos de nossa realidade revelará que o terrorismo habita na inflexibilidade racional de nossa monarquia democrática, o terrorista por opção é um perigo à vida, no entanto, o conceito de terrorismo abrange uma pauta maior do que imaginado, sobretudo quando atos terroristas advém da fonte de proteção, dos legisladores da ordem e da paz, nesse caso não há com escapar, pois esses executivos do bem não se escondem em pseudas mansões ou em montanhas, se revelam em santinhos em período eleitoral, terroristas apoiados pelo clero protestante e milionário, a esses, Nelson Cavaquinho seria uma grande ameaça, seria uma ameaça a filosofia nazista, de boteco em boteco ele seduziria as moças de pele branca e de sangue nobre, seria uma afronta a estatura de Adolf, Nelson Cavaquinho seria uma injúria a qualquer república absolutista, seu samba desmancha grilhões, um perigo, talvez sua elegância fosse uma poderosa arma militar anti-terrorismo.

Já ouvi falar sobre armas atômicas que dizimam extensões territoriais incalculáveis, também ouvi e vi o sorriso de Elis, veja, quando especulam acerca de prováveis desastres nucleares, ou até mesmo em catástrofes ambientais, há quem repouse ou reflita em explicações e proteções de cunho religioso ou divino, digo que esse refúgio religioso é o menos confortante, pois os clientes das grandes instituições religiosas são conquistados ou persuadidos através de ameaças apocalípticas e de tortura após a morte, em outras palavras a busca por refúgio se torna mais complexa e dolorosa, há quem confie na nova ordem de governo mundial, mas basta olharmos nos olhos de nossos governantes que enxergaremos pedofilia e abuso de poder, em meio a tanta crueldade de cima pra baixo e em meio a forçada crueldade de baixo pra cima, escolho repousar no sorriso de Elis.

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