quarta-feira, 29 de julho de 2009
O estranho reconhecimento
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Eu amo esse camarada
Que todos me perdoem e podem me considerar um blasfemo por referir-me a Ele, a Buddy Guy, o melhor guitarrista dos universos paralelos.
Homem de guitarra preponderante e arrogante, virtuosismo incalculável, há eternidade na sustentação de seus bends, tênue, explosivo na progressão mentirosamente ascendente que decai em sentimento verbalizado na sua preta de bolinhas. um guitar player que ensina a essência do ser amante no palco que o revela, que mostra e se mostra, um monstro, devora o tempo em ação; ação de um vocal tenebroso, esse cabra é bom, cabra da peste, misericordioso e fraterno para com seu público, Buddy Generoso. Pilantra, tem sempre uma carta na manga, confiem em Buddy Guy.
No show chega e não tem hora pra parar, se lhe recair a palavra e lhe sobrevir o clamor, ele lá estará entoando o lamento, estará vibrando, ecoa a comemoração sem saber que o fim está próximo, Buddy não é cronológico, ouve o ruído do relógio de areia e o observa.
Aparição impactante, aparições impactantes, é necessário ser político e respeitar as palavras que saem de sua guitarra, pois se elas caírem no esquecimento e forem desrespeitadas com palavras torpes, Buddy Guy aparecerá como um ladrão da noite e surpreenderá a todos, aparecerá diante da black sweety little angel acompanhada de seu demônio.
Buddy Guy eu vi, o xero viu o seu cheiro, Buddy we love you.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
A big-legged woman ain't got no soul.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Caminhos de uma motocicleta sem setas.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Eu a chamo de menina
Uma amiga disse-me que as grandes composições poéticas e as grandiosas canções são referências à mulher, é a prova da causa e efeito que as mulheres submetem os homens, isso no blues pode ser posto num sentido literal (verdadeiramente um bluesman não pensa em nada que não vá levar à elas).
Um amigo meu artista plástico, autor, ator, figurinista, não conhecia grandes nomes do blues, em função disso eu o apresentei grandes músicos como Robert Johnson, Muddy Waters, Sonny Boy Williamson, Jonh Lee Hoocker, Son House dentre outros mestres, em uma semana ele disse-me: "Meu caro, afaste-me disso que você chama de blues ou eu irei me tornar um verdadeiro heterossexual, amante incondicional do ser feminino, que letras maravilhosas e extremamente - surpreendentemente bem feitas em sua construção, quisera eu entender o poder que essas mulheres exercem sobre vocês homens do blues, definitivamente tenho que creditar à elas o mérito dessas maravilhosas composições".
Eu compus um blues para uma moça e essa canção está em plena difusão no nosso meio, e esses conceitos me veio à memória por ter me encontrado com ela ontem e entender através de seus olhos os porquês que me inspiraram a criar essa grandiosa música, entendi o poder que uma moça especial pode causar no lado artísitco de um jazzeiro, conforme é dito no meio dos diplomatas do blues: "precisamos delas em nossas canções", por mais que as letras agreguem valores políticos ou manifestantes, saibam que sempre há uma mulher por trás que move a revolução do compositor do blues.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Criança vingativa
Não busque a desforra através de um ser alheio aos seus desvarios, busque sim naquele que te entortou, vingue-se sim, mas não vitime o inocente em troca de satisfação vingativa, afinal no final tudo volta a ser como era, mesmo com a vingança instituída a insolência passiva é retomada e maquiada pela inexplicável obsessão mútua de ambos personagens, personagens compostos por igualdades, eles são iguais em seus vergonhosos desejos implícitos, eles gritam internamente e mostram-se incapazes de se desprenderem pela eminente compatibilidade, magoam-se desnecessariamente pois a quentura da paixão resfria-se pelos ventos novos que sopram em seus novos e curiosos semblantes, em sumo crescimento deslumbram-se e machucam petulantemente os seus verdadeiros parceiros, escondem, mas, mostram que o amor está alí revelado na tolerância dos pecados cometidos entre si, sempre se perdoando em respeito à bela infância vivida juntos, carregada de risos e configurada por desrepeito que é humanamente compreensível e naturalmente condenado, o valor de tudo isso está na liberdade arbitrária que é judicial e divinamente lícita, então para nós que estamos de fora eles nos dizem "malmequer", eles se aquecem nesse inverno e que tudo mais vá para o inferno, principalmente aquele que fora vítima dessa linda vingança urbana.