terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Childs in time




Não se trata de sucesso ou fracasso, se trata de sorte, a fortuna está por conta da boa vontade da casualidade, pois bendito foi o dia no qual Johan Cruyff implantou no time catalão o fino toque de bola setentista da seleção canarinho, abençoado foi o dia quando o pequeno Lionel embarcou rumo à Catalunha em busca de um sonho, ora, a combinação dessas duas circunstâncias deu origem ao mito "Messi", quatro vezes melhor do mundo, "La Pulga", o rei do maior time do planeta Barcelona F.C, podemos citar também a fim de mostrar a onipotente vontade da casualidade, a banda de rock britânica "Led Zeppelin",  que graças à sorte pôs John, Jimmy, Robert e John Paul no mesmo caminho, tal união gerou um extraordinário fenômeno, gerou a maior banda de rock de todos os tempos, poderíamos também citar inúmeros exemplos da força da casualidade que ao longo da existência reuniu seres compatíveis em terrenos férteis, realizando através desses encontros harmônicos grandes personalidades políticas, milhares de artistas, admiráveis obras e grandiosos feitos decorrentes desses felizes encontros. 

Ao considerarmos que acontecimentos dependem de uma força inconcebível, impalpável e indissolúvel, pois essas são as características do acaso, admitimos que toda preparação e investimento são insuficientes diante da grandeza da casualidade, pois será ela quem determinará  as regras do jogo, a desconhecida vontade do acaso irá ditar a velocidade do vento, a temperatura da luz, o volume da massa, a altura do som , o relevo do ambiente e as peças que irão compor o tabuleiro, o resultado desse jogo e o desfecho desse acontecimento, serão frutos da combinação de tudo o que foi concedido pelo acaso durante o período desse jogo, com isso, em meio a tantos episódios, é possível que surjam, Newtons e Einsteins, Pelés e Maradonas, Jobins e Jacksons, Marxs e Lulas, bem como, Hitlers e Mussolines.

Tudo isso extingue a determinação de fogo, a insuficiência da determinação dará lugar ao ventura, ventura com "ve" maiúsculo, pois esse Ventura hora é bom, hora é mal, naquele dia o Ventura bendito foi, pôs no centro do tabuleiro o radiante sorriso da bela capoeirista maestra de bateria, nos concedeu também a presença de duas entidades protetoras, Pai de fogo e Iemanjá a rainha do mar, incluiu o vasto conhecimento hindu através do nova-delhino jogador de basquete e dançador do baião de Bombaim, não raro, as consagradas cordas do bandolim do Xingu sucumbiram diante do cantar da mamãe Lúcifer, houve riso e deleite por parte das presentes hermanas que foram acalentadas pelas aterrorizantes barbas nordestinas da Al Qaeda, em contrapartida, não houve despedida digna da grandeza dos presentes, contudo, conforta saber que na estrada não há despedidas, afinal, há muitos oceanos para serem desbravados, muitos relevos a serem explorados e contemplados do alto do farol ou a bordo de um bote em morena companhia.

Em tempo, realizações virão, resta saber pra onde a sorte nos levará.     

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