segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Evil or Divine


Elementos químicos reagindo entre si fortalecem a rigidez de corpos bem como diluem a massa fortificada por uma reação anterior, o alto grau de rigidez da matéria palpável não a priva da destruição, afinal, todo corpo sólido é solúvel, aquele quadro pintado com linhas sinuosas em tons escuros que sombrearam suas negras gengivas desprendeu-se da parede espatifando-se no chão sob ordem do violento vento, os ardentes raios de Apolo derreteram a fresca tinta do retrato recentemente retratado, o corrente derretimento conotava incerta metamorfose, como se fosse uma premonição subliminar, talvez pro bem evolutivamente ou talvez pro mal regressivamente, os cachos pincelados no retrato liquidificavam-se e se tornavam lisos colorindo assim os cacos de vidro que ao se escurecerem ocultavam o brilho dos olhos já apagados, tal contemplação ilustrou genuinamente a presente vã fé, a esperança vazia,  mártires lutaram batalhas frívolas, defenderam causas nobres com o próprio sangue, tiveram o sangue sugado, os cabelos arrancados, mesmo  com cérebro lavado mantiveram-se firmes, não houve reação química capaz de dissolver a natureza da ação mentalizada, a ação mentalizada por si só dispõe de corpo insolúvel, portanto invencível.

A verdade sobre o que é sentido e mentalizado está oculta em um preponderante vulcão encontrado no universo matriz das realidades paralelas, guardada em uma indestrutível caixa no epicentro do voluptuoso tornado de lavas, acorrentada por grilhões de prata forjados aos relâmpagos oriundos de negras nuvens carregadas de chuva ácida, amor e rancor. 

Entretanto, houve um lendário guerreiro que supostamente conseguiu adentrar no turbilhão do vulcão e desmembrar as correntes que resguardam a verdade sobre a verdade; Pobre Tolo! Descobriu que nada é real.

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