O Vício é o majoritário detentor do voto minerva diante da escolha entre o sim e o não, ele supera a força dos instintos naturais, ele é o soberano oponente da precaução, se tratarem o conceito de vício sem peso pejorativo ele ainda assim terá poder escravizador, por tal razão os preceitos bíblicos recomendam a castidade antes do casamento a fim de preservar a harmonia conjugal obstante aos maus costumes da vida solteira, tenho enorme dificuldade em tocar “walking blues” no modo “open” por conta de maus hábitos e vícios equivocados adquiridos no meu aprendizado em tocar violão, corrigir maus hábitos é sempre penoso, reformular e reeducar valores culturais impregnados em um meio social demanda muito tempo, diante de uma bela e fugaz vida urgente não há mais tempo a perder, a solução então é a dissolução completa de todas as grandes estruturas e monumentos artificiais que existem no mundo, erradicar o sistema de trânsito em todo o globo terrestre, entender que os meios de transporte existentes são obsoletos e repensar em novas maneiras de locomoção, após tais ações revolucionárias onde a consciência coletiva governará, será o início do recomeço, uniremos os melhores sociólogos, arquitetos e pedreiros e redesenharemos um novo modelo de trânsito adequado e submisso a imponência do verde da natureza, teremos portanto uma grandiosa infraestrutura híbrida e fluente, os recursos naturais por sua vez serão consumidos de modo contrabalançado pois a justa distribuição possibilitará o garimpo e a colheita sem desperdício, tal equilíbrio refrescará o sol e aquecerá a lua promovendo assim o equilíbrio estável, por agora percebo a vergonha da noite, do sol, eles observam o mal incurável dos entulhos que interditam calçadas, entulhos recolhidos, mas sobe sol, desce lua e novos pedregulhos dificultam a transição da menina do portão, sinto a vergonha, que vergonha noite, que vergonha dos lixos poluentes e do feliz rock no rio, rio poluído em Pinheiros e também em Madureira, a solução então é fugir para baixo, para o submundo como um arco-íris na escuridão, nas profundezas longe das luzes da cidade, escondidos e envergonhados como os últimos da fila, fazer o caminho inverso e percorrer a sangrenta estrada sem volta ciente de que a emoção da penúria compensa a dor, onde a recompensa se dará durante as lembranças produtoras de prazer ao contar os contos reais, ao dizer com ufanismo acerca dos deleites, ao dizer com descontrolada emoção das dolorosas e perturbadoras emoções, e mesmo na velhice lembrar do cansado deus de mãos lentas dono da “key to the highway” de Bill Broonzy, lembrar das doces figurantes que hoje se preparam para a saga Baião do Mississipi, dos duelos ao lado de guerreiros profanos e eclesiásticos, dos cascudos em pivetes que herdarão o esmagador encargo, quanto a isso, é válido dizer que a emoção do ardor realmente vale a dor, portanto sei, e não é preciso que digam, “a chama ainda queima”.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Outra dimensão!
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Meu vício é estar sempre por aqui.
ResponderExcluirIsso me obriga a melhorar a composição química para mantê-la assídua no consumo dessa doce droga!
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