terça-feira, 9 de agosto de 2011

Guerra fria



As algemas sociais forjadas em nossos punhos me obriga absolver os hipócritas fariseus, os impiedosos soldados cruzados e até corintianos de seus pecados dolosos, também me faz retirar o galardão concedido aos atinados agnósticos, aos benevolentes beatificados e aos genuínos palestrinos, é cheio de sentido o ditado que recomenda ensinar a criança em qual caminho andar, pois quando crescer muito dificilmente se desviará do caminho ensinado, em outras palavras, os adultos de hoje são as crianças doutrinadas de ontem, isso talvez justifique diversos episódios de revelações surpreendentes, é comum adolescentes “virarem a casaca” após a maior idade por não mais estarem submetidos à coerção de preceitos familiares, poucos se desviam dos conceitos culturais instituídos por seu meio social, é mais comum a maioria manter com orgulho as tradições adquiridas pelo meio social no qual foram inseridos, ao partir desse princípio não se pode condenar hábitos e práticas alheias aos valores “politicamente corretos”, afinal toda a realidade social é alheia e arbitrária, as crianças francesas não têm culpa de falarem o idioma francês, bem como os pequenos chineses não podem serem ridicularizados pela pouca habilidade no futebol, não tive a chance de escolher a cor da roupa no meu primeiro dia de vida, antes mesmo que eu adentrasse no ventre de minha mãe aquela peça de roupa já existia nas vitrines.

Por considerar que os fatos sociais são externos ao ser, venho publicamente perdoar meus contemporâneos amigos corintianos por esse desvio de conduta, por alimentarem sentimentos de apreço e torcerem pelo Esporte Clube Corinthians Paulista, de certa maneira eles não tiveram culpa nessa infortuna escolha imposta na fase infantil, quero também redimir a culpa das infelizes inquisidoras da contemporaneidade que buscam crucificar mulheres suspeitas de possuírem divindade (semi-deusas), por tal razão peço a compreensão das belas morenas brasileiras que reúnem em si a fina flor da beleza universal do nosso país tropical multirracial, rogo às admiráveis moças orientais, às moças de clássica beleza europeia e à todas mulheres abençoadas com o dom da beleza que se esquivem da maldita guerra estética milenar travada entre vocês, que se livrem da maldita hipocrisia injetada em vossos corações ao longo dos séculos criadora da incapacidade de reconhecer a eminência estética alheia, essa maldita praga tem a única função de destruir a bela imagem que apenas vocês podem exibir, mas enquanto esse conceito não for assimilado, compete as moças vítimas da própria beleza se adequarem a vida social diante da bárbara infantaria composta por “soldadas” cruéis e angustiadas, essas militantes do mal visam destruir a beleza do místico sorriso encontrado apenas em moças munidas de nobre empatia, impiedosas guerrilheiras que buscam apagar o brio dos hipnóticos olhares dispostos apenas em mulheres armadas com o veneno da sensualidade, essas meras peãs dessa infeliz guerra cessarão apenas quando ingerirem o doce sangue dessas admiráveis musas do alto escalão da beleza feminina, contudo, compreendo a oposição por parte das inquisidoras modernas, esse despeito vem passado de geração em geração, um vírus clássico que as aprisiona ferrenhamente, temos que conviver com essa infecção, pois ainda não existe cura para esse vírus.

No jogo de xadrez a rainha é a peça mais temida por ser a peça mais completa em movimentos, com isso, sugiro a dama de cabelos dourados por ser detentora de diversos privilégios estéticos e completa em sua plenitude feminina que reforce a guarda real, que esteja sempre alerta, que se mantenha atenta aos ataques inimigos, pois se realmente essa hipotética guerra existir certamente ela estará entre as mulheres mais procuradas do planeta.

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