quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A veste venêrea.

Pronto para comemoração do vigésimo terceiro ano da senhorita Kimmi Yamamoto, o ponto de partida era um ponto de táxi situado num hotel na av. Oscar Porto, já dentro do táxi avistei através do retrovisor central um belo vestido prateado ultrajando uma robusta chinesa abrasileirada, ela desceu de seu carro para informar-se com o manobrista, nesse ato desci do táxi e fui auxiliá-la com meu “chinglês-aportugueisado”, ao me aproximar notei que na verdade era a bela Vanessa retirando os seus convites da confraternização para a qual eu me dirigia, da mesma maneira que eu não a reconheci por tamanho glamour, ela também não me reconheceu por ver meus sapatos reluzentes refletindo a minha longa barba, tal situação promoveu um encontro que a muito não ocorria, o taxímetro ficou ligado enquanto eu partia acompanhado da doce chinesa rumo ao local do evento situado numa travessa da Alameda Santos, nesse curto intervá-lo de distância pouco falei com a bela Vanessa, aquelas pernas grossas deixaram meus olhos ocupados e a boca inativa para verbalizar quaisquer pensamentos que não fossem referentes àquelas coxas bronzeadas. Já no local da festa, fomos recebidos por um curto vestido dourado que se projetava até as visões através de um pequeno corpo da fina beleza oriental, o brilho dos caracteres que ornavam aquele vestido prendia as belas moças que contemplavam essa esplendorosa veste, todavia, a diminuta proporção de tecido desse vestido permitia aos homens presentes que desvalorizassem o nobre trabalho do estilista para apreciarem o excelente trabalho do criador daquela bela japonesa, seu decote era demasiado sugestivo para perder para um simples pedaço de pano, com a sorte que me ocorreu, fiquei num ângulo privilegiado de fronte para as lindas moças que compunham esse evento, nelas vi e percebi o quão triste é para nós homens a correria da Grande São Paulo, essa correia contribui para que essas belas mulheres abstenham-se de ultrajar no cotidiano vestidos como aqueles que eu testemunhei naquela referida noite, vestidos que valorizam e realçam a sensualidade de tais moças, vejam, a correria das grandes metrópoles, por exemplo, metrô, trem, táxi, ônibus e até trechos a pé não colaboram para o conforto feminino, pois assim como dizia uma amiga estilista: "Vestidos sugerem sandálias ou salto alto, o que seria impraticável na correria do dia a dia", Portanto, cabe aos amantes da beleza feminina lamentarem e esperarem por ocasiões peculiares para contemplarem o efeito embelezador que o vestido causa, desse efeito decorre o desejo de querer despi-las, considerem assim o poder venêreo e irônico da veste que incita a despe.

2 comentários:

  1. Imagine a cena de uma Princesa de contos de fada tipo a Branca de Neve ou a Cinderela de calça jeans e blusinha de algodão com estampas?

    Realmente o vestido tem o poder!
    Viva!

    ResponderExcluir