quinta-feira, 1 de julho de 2010

Eu gosto é do caos.


As indicações de forasteiros acerca da cidade de São Paulo retratam melhor os bons adjetivos da cidade, qualidades que muitas vezes são pouco observadas pelos residentes da capital paulista, características e vantagens que passam
desapercebidas pela população paulistana e que são bem contempladas pelos que são de fora, todavia, basta o paulistano se distanciar da região metropolitana que curiosamente ele sentirá a falta do caos, do bendito caos do qual não conseguimos nos desprender.

Imagine um culto de louvor e adoração ao rock and roll, onde o púlpito é um estaleiro num enorme rancho na cidade buritamense, estaleiro que configura o imenso rio Santa Bárbara, (ramificação do Tietê) e que serve de palco para a serena pescaria num belo cenário da natureza, pescaria composta por três koolers recheados de cerveja gelada e por um rádio de pilhas sonorizando o amplo horizonte a base do bom classic rock, tudo isso progride sob a regência do lendário Ocimar, camarada genuinamente palmeirense que durante a amistosa pescaria me orienta acerca das interioranas disponíveis para interação na noite que estaria por vir após a harmoniosa tarde com o céu, terra e rio, clima perfeito a beira do Tietê, entretanto, trocaria tudo isso por alguns minutos de trânsito na marginal Tietê a fim de ter o samba nas casas de angola acompanhado de meus irmãos, trocaria o ar puro pelos salões esfumaçados da grande São Paulo que revela talentos do rock, trocaria a aconchegante rede sob a sombra dos pomares por alguns minutos a pé sob o luar da marginal Pinheiros com destino ao Jazz que me é negado.

Ignorem a gastronomia, a arquitetura dos arranha céus, a fina garoa e a estrutura dos grandes centros artísticos, a verdade é que eu gosto é do caos.

Welcome to the Sampa.

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