quarta-feira, 2 de abril de 2014

Inútil magia.


Considerem um eunuco cujo suas experiências profissionais são provenientes de barracões de escola de samba e suítes luxuosas de cruzeiros de primeira classe, se trata de um mordomo de fino trato que passou a fase adolescente em rigoroso treinamento, estudando idiomas, bons modos no atendimento, treinado na arte de servir, se trata de um fino artista que conquistou fama e reconhecimento ao abortar a função de serviçal e assumir o enrustido papel de artista, um sensível artista nato que concedeu aos amantes da arte incríveis obras plásticas, um criador de fantásticas alegorias e fantasias.

Poderia este mencionado eunuco com apenas 29 anos, com seu frágil-alto e leve corpo de 49 quilos ser nomeado ministro da defesa? Poderia esse singelo artista liderar o exército russo? Poderia esse nobre rapaz que jamais matou uma mosca assumir frias decisões? Orquestrar genocídios? Certamente não, nitidamente esse admirável carnavalesco não dispõe das qualidades necessárias para a barbárie, o grandioso poder que emana desse artista é inútil para os propósitos de guerra.

Seria como edificar uma casa sobre dunas de areia, em dias de tempestade tal edificação ruiria, seria como preparar um sexagenário com osteoporose pro campeonato mundial de muay thay e condenar seus ossos de vidro ao espatifamento.

Todavia, se o poder de decisão em nomear o ministro da guerra da extinta união soviética estivesse nas mãos dos comandantes da Sociedade Esportiva Palmeiras,  esse cenário hipotético mencionado  acima não seria um absurdo, nomear uma "bixinha" (com o perdão do uso do termo) seria algo bem possível para os ufanista da herança italiana, Tirone, Paulo Nobre e porque não mencionar também Eu, Ronaldo Correia, encontraríamos argumentos por não enxergarmos os fatos, pois assim como diz o famoso clichê, onde os fatos são ignorados os argumentos reinam, o que significa que certamente encontraríamos bons argumentos (embora vazios) pra justificar vergonhosa decisão.

Por se tratar de uma crônica direcionada, não haverá a necessidade de revelar o sentido dessa metáfora, mas pra não deixar tão vazio caso um dos destinatários tenha dificuldade em assimilar essa DIRETA, finalizo com o seguinte provérbio:

A força de um exército é o reflexo de seu comandante, já as conquista e a fama de um exército depende dos fatos construídos por seu Rambo (camisa 10), pois a metralhadora que trará a vitória depende do bom condicionamento, habilidade e desempenho do dedo que puxará o gatilho.

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