quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Saravá!



Feito um pé de senrigueira em meio a ventania eram seus movimentos, um dançar leve com sinuosos movimentos cadenciados pelo próprio e solo cantar, um cântico de fantástica afinação, vocês tinham que ver e ouvir o fino movimento no instante do refrão, aquilo certamente era de nascimento, de nascença, de pulsar o coração. 

E aquela que não dançou, mas cantou, foi Layla, ou Help talvez, soprou o canto, cruzou o oceano e agora canta em outros cantos.

Mais quente que o quente abraço entre os corpos, do que a laçada, foram os gritos de adeus, daquela distância iluminada por pomares e estátuas, os braços movimentavam-se em ritmo de despedida, as pernas partiam guiadas pelos calcanhares até o horizonte enfim tragá-la. 

Pior do que o horizonte que leva é o vento que trás, levada tão "infarenta" e pequena, trazida altiva e serena, com claros olhos que julgam e sentenciam, sem canto, sem dança, sem despedida, apenas um curto sorriso magneto.

O caso é andar por este país e por aqueles países e torcer por reencontro, se é samba que elas querem aqui tem, é ser tinhoso e não ficar de fora na dança do cossaco, acertar as umbigadas, sem horror, com terror, seja de salgueiro a Bodocó, de Itabóca à Rancharia, tantos são os destinos, onde ir depende do formato da arte e da forma do artesão, por enquanto lhes mando um abraço daqui minhas meninas, da terra do frio.  

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