Elementos abstratos e concretos, sob uma noção abrangente, no sentido de valores no geral, são quem identificam o homem, essas identificações são quem o protegem, protegem da grandeza do todo, do concorrente universo de possibilidades, diante de tantas alternativas o homem se agarra à essas identificações em busca de refúgio e justifica através delas a grandeza que corre na contra mão das alternativas que não o identificam, com isso, é extremamente angustiante quando essas identificações que qualifica o homem são classificadas de modo inferior, pois a perda dessas identificações o lançam fora da zona de conforto na qual ele repousava, com isso, com a intenção de voltar ao confortável refúgio o homem busca uma nova fortaleza e contribuiu com a inferiorização das identificações que outrora lhe abrigava, se opõe a si mesmo a fim de ocultar o passado feliz, porém agora vergonhoso, esse ciclo contínuo de cuspir no prato no qual se comia em função de novos banquetes que continuamente surgem, decorre das sedutoras novas alternativas, boas alternativas que substituem as anteriores, entretanto, o ato de condenar o passado vivido também nasce da incapacidade de assumir a singularidade, não é só fruto da constante evolução, isso também provém da incapacidade de se responsabilizar pelas próprias aptidões e interesses, onde a própria identidade é suprimida, ocorre a renúncia do próprio prazer em prol de um movimento coletivo padrão, liderado por regras cultas entendidas como boas referências a serem seguidas, ora, esses padrões coletivos possivelmente e certamente dispõem de boas alternativas para o um, contudo, por serem padronizados, apreciados de modo maciço e por não garantirem os anseios de todos os adeptos, carregam o risco de divergirem com a essência da singularidade de parte dos seres que os seguem, sob essa ótica, é fundamental que o homem priorize a sua singularidade a fim de evitar arrependimentos, isso evitaria perdas, a perda do tempo, evitaria a lamentação pelos cuspidos pratos.
Mirem e priorizem a singularidade, se inventem através dela, a partir dela, pois essa singularidade é que trará as reais identificações que lhe alienará com verdadeiro prazer.