
Por rodovias, avenidas, ruas, vielas e até mesmo em becos sem saída, encontramos destroços passionais, vimos o refugo do desconsolo, deparamos com a consolação etílica, novas faces, umas de fácil entendimento, outras de face difícil, projetamos os impasses do viver de modo ativo, a cada face visitada um encontro diferente, bons e maus, na rua da tristeza derrapamos na felicidade da feliz, na radiante avenida iluminada colidimos com a amargura da indecisa, fomos alcançados e ultrapassados pela destreza das estradeiras de plantão e assim mantivemos velocidade equivalente, nos becos éramos acuados pela obscuridade, mas o farol aceso revelava que aquela escuridão era falsa e assim prosseguíamos rumo ao alvo, assimilávamos cada caminho, cada endereço, o mapa dos algures estava anexado na mente, muitos foram os pontos de referência, no fim dessa rota houve um ligeiro ar de hipnose promovido pela arquitetura vegetariana, a flora manifesta nas paredes conduzia olhares, a ilusória hostilidade fora justificada por timidez e mesmo inadepto aos místicos ares que rondava aquele cerco, fui enganado pelo sorriso maligno, esse sorriso driblou as tropas de defesa, confundiu as sentinelas da madrugada, habilmente infiltrou-se em minha fortaleza e de modo solene aplicou o golpe de misericórdia no imponente Rei, foi um impiedoso xeque mate, esse sorriso extinguiu com o aparato do nobre rei e saiu vitorioso desse duelo desleal, no final desse "genjutsu" prossegui para o próximo endereço sangrando a face, assimilando a sujeição anterior causada pela menina das meninas.
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